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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Giovanni Queiroz anuncia: PDT está fora da campanha de Ana Júlia

Oficialmente o PDT do deputado Giovanni Queiroz permanece na coligação “Frente Popular Acelera Pará”, encabeçada pelo PT, mas de fato, a legenda não fará campanha para Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição.

O blog conversou novamente com Queiroz hoje (na sexta-feira já havia entrevistado ele para matéria publicada no Diário do Pará). Em resumo o deputado disse o seguinte:

Apesar de tornar públicas as insatisfações, até agora, ninguém do PT ou do governo entrou em contato com ele.

Para Queiroz, isso prova que o PT está “se achando auto-suficiente”.

“Talvez não precisem mais de apoios políticos”, ironizou anunciando:

“Vamos fazer campanha solo. Não temos mais como sair da coligação, mas vamos tocar a nossa campanha independente. Levaremos os nossos nomes mais sem maiores compromissos (com a chapa majoritária de Ana Júlia)”.

O blog indagou se isso significava que nos palanques do PDT não seria lembrado o nome da candidata ao governo e de Paulo Rocha, candidato ao Senado. Queiroz confirmou:

“Se continuar como está, é assim que vamos proceder”.

O PDT ocupa hoje a direção da Ação Social Integrada ao Palácio do Governo (Asipag) - braço mais assistencialista do Estado - e alguns cargos nas regionais do Detran no interior, assumidos após o acordo.

Os cargos foram colocados à disposição:

“O governo vai se sentir à vontade para demitir quando quiser”.

Giovanni Queiroz diz que a paciência acabou porque já “falou muito, reclamou muito”


Para que não restem dúvidas, arrematou:

“Estamos nos afastando do processo.”

Por processo, entenda a campanha de Ana Júlia Carepa.

Arrependimento?

Perguntei ao deputado se ele estava arrependido de ter optado por coligar com Ana Júlia em detrimento da chapa tucana de Simão Jatene, Queiroz garantiu que não, mas não descarta mudar de lado durante a campanha:

“Não tem arrependimento. Fizemos o que achávamos melhor para o partido e tínhamos uma recomendação do Diretório Nacional, mas ao longo da campanha, podemos mudar de rumo”.

14 comentários:

Marise Morbach disse...

Arrependimento pelo que? Francamente!

Anônimo disse...

Em resumo: esse anúncio não é para valer. É apenas uma ameaça, barata como DVD pirata. Logo, se o PT piscar e "voltar atrás", distribuindo cargos, funções, isto & aquilo, logo o PDT voltará às boas e - como sempre acontece na política paraense - estender-se-á sobre as memórias o manto da amnésia, que traz como bônus sorrisos compartilhados, mãos dadas, tapinhas nas costas.
Vergonha, vergonha por se emprestar apoio não porque se confia numa boa futura administração mas pelas vantagens mesquinhas - esmolas de poder - dadas em troca. Curiosamente, todos partilhamos dessa inversão de valores: para nós o normal em apoios políticos não é acreditar na proposta, mas na cota que se receberá.
E nossos políticos lançam-se às migalhas como bichos esfomeados, disputando os nacos de carne podre. Abutres a quem damos nossos votos graciosamente - tolos que somos.
Ass. Mapinguari, o que alimentou muitos abutres mas hoje anda de estilingue na mão.

Anônimo disse...

Que nada, basta acenar com umas nomeações, uns aspones, e tudo volta a calmaria...

Anônimo disse...

Boa, Manpinguari! Desce a borduna nesse bando de desonestos que só pensam nos seus rabos.

Anônimo disse...

E acrescento que não está fácil também para mim decidir em quem não votar. Mas o eleitor comum, o leitor com baixa informação, o leitor “alfabetizado funcional” – esse é vítima da corja, dos acordos, das coligações como essa que o deputado Giovani Queiroz acusa de não ter cumprido o acordo. Uma vergonha!

Anônimo disse...

E nós que pensávamos já ter visto tudo em eleição... Nivelando por baixo a história dos pleitos recentes neste período de retomada da democracia (deveria ser com D grande, mas...), as eleições 2010 já são as mais vergonhosas. Agravada pelo PT no comando do governo e do cofre. Quem diria?
O leitor está confuso, perdido. Eu, sinceramente, tenho apenas a convicção de em quem votar para Presidente e para Governador, mas para Senador e Deputado está difícil. Não confio em nenhum. Só não deixo de votar porque isso em nada contribui.

Anônimo disse...

NA SEQUÊNCIA:
Estas eleições são as mais sujas do Pará porque se gravou o conchavo - vocábulo que aqui parece um doce ou pecado venial. Os adjetivos que nomeavam as conversas dos políticos são outros. Se “conchavo” já designava porcaria, as práticas de agora são inqualificáveis na mesma proporção que inqualificáveis são seus personagens, os interlocutores, os interessados nos cargos (eletivos ou não), no poder e no dinheiro público.
A moral deixou de ser uma necessidade humana porque desumana passou a ser a relação entre os políticos que decidirão, por 4 anos, legislando ou executando, a sorte do povo, o bem-estar: saúde, educação, transporte, meio ambiente, segurança, habitação, cultura e lazer.
Moral é mais do que virtude porque é inerente à natureza humana. Virtudes são forjadas com boa, educação e cultura, informação, sabedoria, religião. Moral não se conquista no banco da escola ou numa eventual Escola para Políticos. Moral se tem ou não tem. Ponto! E como parece não ser uma exigência primordial para ser político, assistimos a esse festival cujo ato de fim de semana foi perpetrado por Giovani Queiroz e seus comparsas.

Anônimo disse...

Mais:
Que vergonha tem o deputado? Que vergonha têm os candidatos de todos os partidos?
Nenhum deles ! Os que têm não possuem dinheiro, nem voz dentro das coligações para faze vigorar seus discursos e práticas. Ainda se pode acreditar que algum tem decência para alimentar seus discursos.
Prevalecem, então, os políticos que não têm vergonha de reclamar o que pensam ser um direito ou prática minimamente moral a negociação de cargos em troca de apoio para levar alguém a governar os destinos do Estado.

Anônimo disse...

PASSADO RECENTE
As barbaridades são as mesma que, um dia, o então Lula parlamentar identificou na Câmara Federal. Hoje, os 40 picaretas de Lula foram multiplicados por 10, por 100, por 1000. Nos mais de cinco mil municípios país afora estão lá, em todos os níveis da administração ou do Legislativo. Na Justiça também. Lula, hoje – escrevêssemos a historio política como uma fábula – estaria no comando da quadrilha de ladrões que se não usurpam os cofres públicos, atropelam (principalmente ele) as leis, escomoteiam verdades, inventam, mentiras, forjam dossiês, fazem que não enxergam a realidade.

Anônimo disse...

CONTINUAÇÃO:
Condenar Giovane Queiroz e o PDT não pressupõe poupar o PT e a sua Ana Júlia. Muito pelo contrário. O empobrecimento moral destas eleições deve-se à prática que ela perpetra com seus pares em todos os níveis do Poder Executivo. Corria nos primeiros meses de governo, uma frase sintomática e altamente representativa do sentimento dos petistas que chegavam para o plantão: “Passamos muitos anos roendo osso. Agora chegou a nossa vez de comer o filé”. E isso saia da boca de jornalistas então contratados pelo novo governo. Pasmem-nos!
As diatribes vão da simples nomeação de Assessor Especial de Gabinete às Patrulhas Mecanizadas e ambulâncias presenteadas a rodo aos prefeitos, que na ponta representam esse cenário de coisas exatamente onde tudo acontece: o espaço municipal. Até à última conseqüência, prefeitos e vereadores, apoiando candidatos ao Congresso Nacional e ao Legislativo Estadual, praticam suas barbaridades para se manter no poder. Fazem parte da picaretagem coletiva .

Anônimo disse...

Se "vero", como ficam os minutos na mídia? pois para o PT, é o que interessa.

Anônimo disse...

PARA ENCERRAR
É o emporcalhamento geral e irrestrito do país. Uma sucessão de coisas desairosas que mitiga a moral, acinzenta a alma do brasileiro e envergonha a nação.
Estas eleições terão, infelizmente, a propriedade de agravar esse cenário que desvirtua a Democracia (aqui sim, com maiúscula) que anos a fio perseguimos, e cujo objetivo da conquista parece ter sido esquecida por muita gente – inclusive pelo presidente da República. Lutar contra a ditadura, sem dúvida, não era para construir gerações e gerações de políticos capazes de fazer o que estão fazendo, mas construir uma Nação (com N maiúsculo) que sob o comandado de pessoas moralmente respeitáveis – se isso não é um paradoxo, afinal, quem poderá ser respeitável se for imoral. Por isso, não podemos respeitar esses políticos que estão aí.
E a seleção, para que se vote sem peso na consciência, está difícil.

Anônimo disse...

O que se vê são os conchavos, o interesse partidário. Cadê a ética, a moral, os valores sociais. O povo é esquecido na hora da partilha eleitoral. Que vergonha!

Val-André Mutran  disse...

Os eleitores que criticam o PDT, certamente desconhecem os serviços prestados pela legenda ao Pará.
Quer, quando éramos aliados do governo anterior; quer, quando atuamos na base deste governo que será reeleito pelo voto das camadas desassistidas deste lugar único em todo o Brasil.
Agora, querer bancar o bastião da correção como esse tal de Mapinguari. É ater-se a histórias como a do boto que transforma-se em homem para seduzir as caboclas que residem nas comunidades ribeirinhas.
Lenda. Pura lenda de uma tucano do bico caído.