Candidato a deputado federal, o presidente do PV, José Carlos Lima fala, no blog dele, das dificuldades dos candidatos às eleições proporcionais para levar as mensagens ao eleitorado: "se quiserem ser ouvidos e conquistar votos, têm que rebolar muito", afirma no texto que você lê abaixo.
Eleições dos intermediários
Os partidos e seus candidatos estão encontrando dificuldade de acessar o povo.
É isso mesmo. Não tem comício, os partidos, sozinhos, não conseguem chamar a sociedade para ouvi-los.
Nos programas eleitorais da televisão e rádio apenas os majoritários tem um pouco da atenção. Os proporcionais, se quiserem ser ouvidos e conquistar votos, tem que rebolar muito.
Num quadro assim só recorrendo ao auxílio de intermediários. E quem são estes intermediários? Sindicatos, associações, movimentos organizados, grupos culturais, Igrejas, lobistas ou agenciadores de votos, as chamadas lideranças ou cabos eleitorais.
Estes organismos aglutinam pessoas e formam redes de interesses, depois negociam com os interessados o apoio em troca do atendimento de suas demandas. Muitas vezes se a demanda for atendida até deixam de considerar o passado do pretendente.
O custo destes atendimentos implicam somas de dinheiros e outras estruturas que a maioria não tem com atender e, mesmo sendo uma promessa de bom político, ficha limpa, preparado intelectualmente, com experiência acumulada, ficará sem o apoio e perderá as eleições.
O quadro que estou testemunhando é preocupante para o futuro da democracia brasileira, creiam nisso.
11 comentários:
Ora, pois, pois, caro Zé. E o acordo com o PT para apoiar a coligação Acelera Pará ? Pelo visto, o PV não foi aquinhoado com as benesses do poder. A propósito, já dizia minha santa vozinha que, em regime capitalista, "não se deve meter em política sem dinheiro".. Sábias palavras.
O que o está escrito pelo Zé Carlos tem relação direta com a necessidade de reforma política e com o papel do TSE e com a figura do boss (advogados, nos dias de hoje). A estrutura apodreceu mas as oligarquias políticas nem ai. Essa será a nossa próxima bandeira, não dá mais; e ainda temos que aturar a "inocência lastimosa" dos que não estão no poder e ficam bancando os santinhos esquecendo de quando lá estavam...
Isso demonstra o descrétido dos polítiocos que não cumprem suas palavras empenhadas nas campanhas. Como é o caso da governadora que prometeu inumeras mudanças, não fez nada, e agora precisa comprar o apoio de deus e o mundo. Essa é a realidade vivida pelo candidato Zé que sempre está junto da governadora. Menos mal que o que não falta é dinheiro. A conta será paga no futuro.
O problema que o Zé Carlos não pode esconder: o povo se afastou do PT, meu caro. Esse é o maior problema que vocês estão enfrentando nas ruas, mesmo com toda estrutura que tem hoje: desde bandeira com balãozinho, passando por pipas sofisticadas e outras cositas mais. Só que isso, todos sabemos, não é suficiente para contagiar a população: cada vez mais descrente com as falsas promesssas, da falta de mando, do desgoverno e da enganação de certos políticos. Nesse caso, não podemos esquecer dos aproveitadores que adaptam o seu discursos às oportunidaes -a favor deles, a cada eleição.
Essa dificuldade que o Zé Carlos fala acontece exatamente com políticos fisiológicos como ele que só sabem estar junto com o Governo, seja que governo for.Quem tem serviço prestado e idéias a discutir usa sim as lideranças para chegar até o eleitor, mas com propostas e não com paternalismo.
Acabo de descobrir porque o Zé Carlos do PV, está sempre ao lado de qualquer governo.
Independente de quem assina o texto ou de quais são as suas motivações, é de se lamentar tal quadro.
Independente de quem assina o texto ou de quais são as suas motivações, é de se lamentar tal quadro.
Hiiii! O Zé Carlos está com dificuldades para chegar no povo?
É um sintoma, guardadas as verdades que há no post dele, de que as coligações mastodontes, como essa do PT, só funcionam para os candidatos que têm bufunfa no bolso (ou no CAIXA 2).
Mas se pode deduzir, também, como a melhor verdade dessa história, que o povo está cançado de ouvir lorota de candidato. E por isso não vai ao comício. Prefere ver TV.
E na TV, quem é podre (isto é, sem dinheiro) que se quebre.
É, Ze Carlos, caiu a tua máscara e o povo não gostou nadica da tua verdadeira cara. Toma-te e eu acho é pouco!!!!
É, meu caro Zé Carlos. Se em plena campanha o(s) candidato(s) está se queixando das dificuldades de se mostrar/entrosar com povo/eleitor -e é nessa hora que ele precisa mostrar realmente sua cara e intenções - coloque-se no lado do povo que precisa ao longo de cada mandato ter algum contato com detentore(s) de mandato eletivo ?
NAÕ CONSEGUE, basta uma pequena visita pelos corredores da ASSEMBLEIA LEGISLATIVA ou da própria CAMARA MUNCIPAL para ver a expressão de desanimo/perplexidade dos eleitores quando em busca de algum tipo de atendimento POLITICO, são OBRIGADOS A ABORDAR OS PARLAMENTARES PELOS CORREDORES, em apressadas caminhadas -SEMPRE ESTÃO COM PRESSA - nunca têm tempo para quem os elege !!!
È de se perguntar mesmo : " E AGORA JOSÉ !!! A FESTA TÁ ACABANDO e, TEM QUE DAR UM JEITO DE ENTRAR NA QUE VAI COMEÇAR, SERÁ QUE DÁ ? "
Será que é uma questão de "SER ou não SER ? "
Observador
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