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terça-feira, 15 de junho de 2010

Edilza: intervenção é aceitável se for para salvaguardar aliança nacional

Da petista Edilza Fontes no blog dela analisando as relações entre PT e PMDB no Pará e no Brasil

"O que devemos perguntar: são quais são os motivos que levam o Diário do Pará, a publicar com destaque de domingo, a entrevista com o chefe da Casa Civil do governo Ana Julia?

Pensei bastante (eu estava viajando no fim de semana) e quando cheguei ontem, pude perceber, que é possível duas leituras para este ato.

Primeira leitura mais visível, é que o PMDB (já que o Jornal expressa a posição política do partido) está se valorizando, e mostrando para o eleitorado, o quanto é importante para as eleições no Pará, o quanto seu passe é cobiçado.

Sem dúvida este será um elemento de debate das eleições para o governo do Estado, assim como o deputado Jader usou nas eleições de 1998, quando disputou com Almir Gabriel o governo. Jader disse: que o então governador Almir Gabriel, havia convidado por várias vezes o PMDB para compor.

A segunda leitura é que a publicação da matéria com tanto destaque, pode levar ao reforço, dentro do PMDB, da posição dos que defendem, o apóiam ao ex-governador Jatene no segundo turno.

Fica cada vez mais claro, que há uma divisão sobre para que lado o PMDB deve se aliar na política paraense, e figuras importantes no Pará defendem uma retomada de aliança com o PSDB.De qualquer maneira, o blog do deputado Parsifal expressou um veemente repúdio, diria que exagerado, as posturas do chefe da Casa Civil da governadora.

Esquece o deputado, que o PMDB fez pressão, para que o PT fechasse a coligação em Minas e no Maranhão e, que a postura do PT nacional é de verdadeiro sacrifício das políticas locais, em nome de uma aliança nacional e de um projeto vitorioso de governo (que tem 85% de aprovação nacional).

É lamentável sim ver uma intervenção. Mas ela é aceitável, se foi feita para salvaguardar uma aliança nacional. Ai eu pergunto: as exigências do PMDB nacional são atendidas, e o PT demonstra ser um partido nacional, sacrifica sua militância no Maranhão e em Minas, e neste momento não é entendido como união de esforços para um projeto maior?

Deve ser muito difícil a situação do PT do Maranhão e de Minas. Mas o PT está pensando no projeto nacional de governo. Devemos pensar que isto só é possível porque somos um partido nacional.O PMDB não o é, e isto é ruim para democracia do Pais.

Hoje mesmo, ainda vemos divergências em relação a coligação com o PT em estados como o Paraná , Para e em Pernambuco.

Avalio que o pedido de entendimento como PMDB local, está dentro das possibilidades de se fazer política e exageradas, são expressões como "Vá de retro”, para um bom entendimento. Não podemos esquecer que somos aliados nacionais e que a política local não pode ser esticada até romper com qualquer grau de civilidade entre aliados.


Postado às 09h00

4 comentários:

Anônimo disse...

ANA JÚLIA ROMPE ACORDO COM ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA E VETA ARTIGOS DO EMPRÉSTIMO 366
Postado por Ronaldo Brasiliense
Ter, 15 de Junho de 2010 09:02
A governadora Ana Júlia Carepa (PT), num claro desafio ao Poder Legislativo, vetou dois artigos do projeto aprovado por unanimidade pela Assembléia Legislativa que autoriza a contratação de um empréstimo de R$ 366,7 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com os vetos, o governo do estado poderá dispor, para gastar como quiser, livremente e sem amarras, de 37,5% dos recursos do empréstimo - nada menos que R$ 137,5 milhões.
Ana Júlia manteve os 51% (cinqüenta e um por cento) para os 143 Municípios, considerando o indicador populacional. Os valores destinados aos Municípios deverão ser repassados em cota única, para conta específica das Prefeituras Municipais, até 72 horas contadas da entrega dos respectivos planos de aplicação, sob pena de responsabilidade.
A governadora também manteve no texto da lei os 11,5% (onze e meio por cento) para aplicação, com valores iguais, indicados individualmente através de emendas parlamentares, como definido com a Assembléia Legislativa.

Anônimo disse...

Minha professora não me ensinou isso sobre as oligarquias, como é o caso da intervenção do PT no Maranhão.

Osorio Pacheco disse...

ANA JULIA ABRE MÃO DE REELEIÇÃO EM FAVOR DO PMDB
Essa manchete parece absurda, tão absurda quanto foi a declaração do chefe da casa civil, Everaldo Martins ao dizer que a executiva nacional do PMDB deveria impor ao partido no Pará o apoio a "preciosa", como forma compensatória as imposições feitas pelo PT em Minas Gerais e Maranhão para que Petistas destes estados apoiassem o PMDB de Hélio Costa e Roseane Sarney, respectivamente.
Em política não existe compensação de perdas em acordos, os acordos são feitos considerando as forças de cada uma das partes naquele momento e as partes arcam com os resultados por sua conta própria, não existe um vaso comunicante de resultado de acordos, eles são pontuais.
As decisões dos petistas de impor aos estados de Minas Gerais e Maranhão o apoio ao PMDB fez parte sim do acordo que reservou para Temer a vaga de candidato a vice presidente da República, coligação de muito maior importância para o PT de que para o PMDB, uma vez que ela é fundamental para a eleição de Dilma Roussef, por isso as compensações.
O mais lógico nissso tudo, seria Ana Julia abrir mão da sua candidatura a reeleição e apoiar o PMDB, bastaria o PMDB nacional colocar isso de forma impositiva.
Entretanto os PMdebistas, sabem conduzir as negociações, sabem avaliar as forças e não fazem imposições infantis e absurdas, como imagina o Everaldinho que isso possa existir.

Anônimo disse...

Se o PT estivesse convicto de que está fazendo uma boa administração e com isso recebendo o apoio do povo paraense, não ficaria propondo essa intervenção, o que faz com que fique bem claro que o partido depende muito do PMDB para alcançar a vitória nas próximas eleiçoes.