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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Tanto mar, tanto mar.

Por Aldenor Junior no seu página crítica

José Saramago partiu.
Enquanto dormia, partiu.
Quais teriam sido seus últimos sonhos, enquanto a morte - impiedosa e certeira - preparava seu golpe derradeiro?
Terá sonhado com um mundo livre dos grilhões de toda a maldade?
Terá sonhado com um mundo sem qualquer tipo de cerca e de muro a impedir a completa liberdade humana?
Terá, enfim, sentido o gosto de ter lutado - sem jamais perder a esperança - a boa e justa luta dos que tecem, por caminhos tão diversos, a complexa teia da revolução verdadeira?
Em meio à voragem de mares enlouquecidos, Saramago ainda está lá, firme, íntegro e amoroso a apontar o caminho.
Sua jangada, de pedra, não se deixa naufragar.
A favor dela sopram os ventos da história.
Quem de nós terá a coragem de assumir, com espírito renovado, o timão para prosseguir na eterna viagem em busca da outra margem?

O Aldenor é uma das poucas pessoas que conheço que compartilham a mesma paixão pelo Saramago que eu. Ele e a Jô que chorou comigo, ao vermos juntas, pela primeira vez, o vídeo postado abaixo e com quem eu gostaria de estar neste momento.

Postado às 10h43

Um comentário:

Sergio Bastos disse...

Rita

Pode me colocar também na lista dos apaixonados pela literatura do Saramago,um dos maiores escritores de dos os tempos.

Sergio Bastos