O deputado Parsifal Pontes acredita que é possível
Vejam o que ele escreveu no blog dele
"O deputado Domingos Juvenil, pré-candidato do PMDB a governador do Pará, está a alguns passos de protagonizar uma proeza política que alguns julgavam impraticável: juntar em um mesmo palanque o ex-governador Almir Gabriel e o deputado federal Jader Barbalho.
Juvenil comunicou ontem ao deputado Jader Barbalho que as conversas com Almir estão fluindo a contento e que em brevidade mediata, este e Jader deverão tomar um café para sacramentar o acordo.
Como disse o escritor francês Millon de Montherlant “a política é a arte de captar em proveito próprio a paixão dos outros.".
E tem gente que comete o incauto trocadilho de chamar o Juvenil de juvenil".
6 comentários:
Cara Rita,
sobre o comentário do Deputado Parsifal, eu vou lá daqui uns minutos perturbar a paciência dele.
Sobre o que eu acho disto, eu falo aqui com você.
A foto do Dr. Almir, alguns posts abaixo deste, demonstram um triste cavaleiro abatido pelo rancor, mais do que pela idade. Ela é quase auto-explicativa.
Tendo ouvido durante anos a avaliação do Dr. Almir sobre Jader e suas circunstãncias e vê-lo subir no palanque de Jader - se isso ocorrer - me dará apenas a certeza de que o ex-governador estará exercitando e referendando o que a maioria faz na política: jogo de conveniências. E com isto não vai ser sequer "original": Lula fez isso, beijando a mão do lider do PMDB aqui em Belém em 2006.Jader fez isso em Marabá, abraçando fraternalmente Vavá Mutran na mesma praça Duque de Caxias, onde anos antes havia jurado que os Mutrans e seus pistoleiros teriam que atravessar o Tocantins e o Deputado Vic está conversando com o PT.
Assim, Dr. Almir mergulha no caldeirão, por desejo e interesses.
Eu nunca tive esse talento. Na política jamais me imaginei irmanada aos que foram adversários por questões éticas, morais, por definição de prioridades e por conceitos diversos de responsabilidade com o bem público.
Por isso, caí fora da brincadeira em dezembro de 1988. E, não fiz falta: Marabá sobreviveu muito bem aos meus pruridos, o Pará está aqui buscando seu destino e o Brasil, bem, esse eu não sei mesmo onde vai dar...rsrsrs...
Abração.
Apenas um detalhe (irrelevante para o presidente que tem 86% de aprovação). Lula não beijou a mão de Jader. Se assim o tivesse feito, com milhares de celulares entre os presentes ao comício em que o beijo teria ocorrido, as imagens estariam com recorde de accesso no youtube.
Meu caro anônimo das 19h07, eu estive no comício e, sim, houve o tão comentando beijo de mão. Fotos foram publicadas no dia seguinte nos jornais .
Você disse bem, estranho não haver esse vídeo no youtube
nenhum jornal do Brasil publicou tal foto. Se tivesse publicado, a reprodução dessa foto estaria espalhada pelo Brasil. O tal "fato", volto a dizer irrelevante a esta altura, não ocorreu.
Boa noite, Rita:
Houve muitas tentativas da direção nacional do PT em fazer com que o beija-mão deixasse de existir. A perplexidade de todos provavelmente impediu o gesto da foto! E, por isto,continuam insistindo que foi imaginação da platéia.
A repórter que cobriu o evento jamais desmentiu o que viu. Assim como você.
Como não considero irrelevante o fato - não o beija-mão, mas a "deferência" - aqui vai uma das muitas notas da imprensa nacional na data. Esta é de O Globo:
"Publicada em 17/09/2006 às 22h15m
Maria Lima - O Globo
BELÉM - Em comício na manhã deste domingo na capital paraense, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à reeleição, pediu a união de aliados polêmicos para derrotar os tucanos, que chamou de predadores. Ao lado do presidente no palanque, estavam: Jader Barbalho (PMDB-PA), acusado de ter desviado recursos da Sudam, o ex-deputado petista Paulo Rocha, acusado de envolvimento no escândalo do mensalão, o ex-senador Ademir Andrade (PSB-PA), que chegou a ser preso por fraudes em licitações e desvio de recursos, e a candidata petista ao governo do Pará, senadora Ana Júlia Carepa, investigada pela CPI da Pirataria.
Durante o comício, Lula chegou a ir ao encontro de Jader para beijar a mão do cacique e também fez questão de abraçar e beijar Paulo Rocha. No mesmo palanque, também estava José Priante (PMDB), adversário de Ana Júlia ao governo do estado. Os dois tentam levar para o segundo turno a eleição que tem como favorito o tucano Almir Gabriel, ex-governador.
- O que está acontecendo aqui não é um simples comício, é uma aula de pós-graduação de sociologia política..."
Sobre a "aula de sociologia política" o senador Cristovam Buarque à época do comício declarou:
Cristovam ironiza Lula
Correio Braziliense - 19/09/2006
Em comício organizado em Belém do Pará, no domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, ao conseguir unir adversários como José Priante (PMDB) e Ana Júlia Carepa (PT) em seu palanque, dava “aula de sociologia política”. Ontem, o candidato do PTD à Presidência, Cristovam Buarque, analisou a declaração e propôs uma nova classificação: para ele, a fala presidencial não passou de um ato de “analfabetismo político”.
O termo “analfabeto político” foi cunhado no século passado pelo dramaturgo alemão Bertolt Brecht. Em sua acepção original, refere-se ao sujeito que não gosta de política, aquele que “não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”. Já o “analfabeto político” que Cristovam enxerga em Lula é ignorante, fala sobre coisas das quais nada entende.
O personagem de Brecht “é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais”. O de Cristovam é diferente, pois tem gosto pela política, não entende mesmo é de sociologia. “Do ponto de vista da decência, é uma vergonha”, atacou o pedetista, em entrevista concedida ontem de manhã à rádio CBN.
Abração, Rita.
Tenho lembrança quase fotográfica daquele dia. Pensei em procurar a foto para o incrédulo anônimo, mas me falou tempo. Quando encontrá-la posto aqui
Abs procê
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