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sábado, 19 de junho de 2010

A entrevista de Almir

Nas últimas três semanas, tenho ligado quase religiosamente ao ex-governador Almir Gabriel em busca de uma entrevista.

Meus telefonemas eram solenemente ignorados.

No início desta semana, minha chatice venceu a teimosia dele. Um interlocutor avisou que o “doutor Almir” poderia falar comigo.

Liguei e marcamos no sítio Ipitu, onde o ex-governador cultiva orquídeas e traça estratégias políticas.

Meu interesse em voltar a falar com Almir Gabriel se deveu às informações que me chegavam de que ele havia se tornado um entusiasta da candidatura do peemedebista Domingos Juvenil ao governo. E mais: estaria pronto para subir no mesmo palanque que o deputado federal Jader Barbalho, cena inimaginável até bem pouco tempo. Estava curiosa para ouvir as explicações de Almir para tal guinada.

O ex-governador marcou a entrevista para às 16 horas de uma sexta-feira - piores dia e horário para um repórter que precisa escrever material para o final de semana. Mas nem negociei. Tive medo de que ele desmarcasse.

No dia e hora combinados, fui ao Ipitu acompanhada do fotógrafo Thiago. Almir nos recebeu bem humorado e descalço. Vestia calça azul de elástico e camiseta regata da nike.
Conversarmos sobre a política paraense, falamos de orquídeas e, finalmente, conheci o famoso sítio de que tanto ouvira falar.

Constatei que o ex-governador superou qualquer problema que tivesse com Jader e o PMDB. Hoje, seus alvos são o PT de Ana Júlia Carepa, o tucano Simão Jatene e a Vale.

Os detalhes da entrevista você lê na edição de domingo do Diário do Pará que vai para as ruas daqui a pouco.

Postado às 17h43

3 comentários:

Sílvia disse...

Sempre tenho a impressão que só coleciono decepções. Almir é uma delas.

Dulcivania Freitas disse...

Você não viu a Raquel por lá nao?!

Anônimo disse...

O penúltimo parágrafo do post explica tudo.

"Constatei que o ex-governador superou qualquer problema que tivesse com Jader e o PMDB. Hoje, seus alvos são o PT de Ana Júlia Carepa, o tucano Simão Jatene e a Vale."

Ou seja, os "alvos" mudam conforme as necessidades imperiais-raivosas do ex-quase-pseudo-reizinho.

Hoje seus últimos neurônios queimam e destilam sentimentos cavernosos contra o aliado de ontem.
Enquanto isso, esses mesmos neurônios arranhados, o fazem esquecer o outrora "corrupto" que jamais o faria subir no seu palanque.
Ao contrário, derrama elogios ao ex-inimigo figadal.

Pura conveniência oportunista.

Quanto a ética, posicionamento político e filosofia partidária...ah, pra quê isso?

Lamentável ocaso que não respeita nem a própria biografia.