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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Chico Cavalcante: a Link é uma fábrica de desculpas

Voltei do meu retiro apenas para postar a mensagem que recebi, por e-mail, do publicitário Chico Cavalcante, em resposta à entrevista com o dono da Link, Edson Barbosa

Atualizado na quarta-feira, 17, às 09h57



Na noite de ontem Chico Cavalcante solicitou que a versão primeira de sua declaração feita a esse blog fosse substituída pela versão abaixo, alegando que a primeira versão continha partes truncadas que prejudicam o entendimento, já que fora escrita às pressas no desconforto de um netbook conectado a rede sem fio de um aeroporto¨.
Faço a publicação com as alterações feitas pelo autor

Vejam o texto na íntegra.



"Publicada na última segunda-feira neste jornal, a entrevista de Edson Barbosa, titular da Link, expõe de maneira cristalina quatro traços dramáticos de seu perfil: a inabilidade profissional, a incapacidade analítica, a indigência intelectual e uma vocação ímpar de fabricar desculpas e terceirizar responsabilidades. Para mediar essas deficiências, sustenta sua retórica na mecânica discursiva de um vendedor de carros usados, sempre descrevendo “perda total” como “pequenas avarias na lataria”.

Furtivo, Barbosa não responde a nenhuma das questões relevantes levantadas por mim em entrevista no mesmo espaço e, de maneira ostensiva, se esquiva de qualquer responsabilidade, deixando na linha de tiro o PT, a governadora, os prefeitos aliados e a coordenação da campanha, que lhe deram cobertura.

Abre sua sucessão de evasivas com uma frase lapidar: “não é o caso de ficarmos pensando apenas por que ganhou ou por que perdeu”. É claro. Ele não perdeu nada. Trabalhou durante um ano para um governo sem ter disputado nenhuma licitação. Entrou pela janela, ajudando a acentuar as deficiências da gestão e a ocultar suas virtudes e feitos, ganhando rios de dinheiro para isso. Para isolar o peso de sua culpa, afirma que os motivos da derrota “são variados”, o que é uma obviedade da qual deveríamos todos ser poupados.

Quaisquer dos envolvidos em um processo eleitoral sabem que uma eleição não é “uma gincana”, por isso dão ao pleito a importância que deve ser dada e à comunicação o caráter central que de fato ela tem. E essa importância não diminui quando se perde. Ao contrário. Exige maior rigor na análise dos elementos que levaram a esse resultado, especialmente quando se trata de uma candidatura ancorada numa aliança de 14 partidos, alicerçada na máquina de governo e sustentada por um governo federal exitoso contra um adversário em inferioridade de tempo e baseado em uma aliança de forças políticas restrita, como aconteceu aqui.

Ao atribuir a derrota “às disputas na gestão [que] deixaram vulnerável a figura da governadora e geraram dificuldades para que as pessoas percebessem o governo”, Barbosa tenta tirar de si qualquer papel pelos resultados. Mas não consegue se eximir de responsabilidade pela comunicação do governo, que comandou com mão de ferro ao longo de todo o ano de 2010, ignorando inclusive a existência de contratos de prestação de serviços que o governo tinha com oito agências locais.

Como um cachorro que caiu na mudança, Barbosa revela sua inapetência profissional ao admitir que não sabe exatamente o que aconteceu aqui: “a minha sensação”, afirma ele, “é de que, no Pará, o processo é feito em cima de personalidades e não de projetos”. Ou seja, há especificidades que ele não compreende nem domina, embora jamais tenha tido a humildade de admitir isso antes dessa entrevista. Mas também não entende o escopo geral, que eleição não é uma disputa de projetos, de propostas ou de personalidades, mas sim uma disputa entre argumentos de votos e que vence quem convence o eleitor a reproduzir seu argumento de voto de maneira consistente e extensiva e que a comunicação é peça-chave nesse processo.


A análise evasiva de Barbosa briga com os fatos. A frase “a eleição foi pau a pau” descreve uma realidade outra, que não a do pleito de 2010 aqui. Sensação que se amplia na assertiva “se no domingo, antes da eleição, Jader tivesse batido na mesa e declarado voto em Ana, as coisas poderiam ter sido diferentes”, sem levar em conta que os elementos que afastaram a possibilidade de aliança com o PMDB não se resolveriam por um passe de mágica. Ao mesmo tempo, nada diz da ratada que cometeu ao fazer uma abordagem descuidada de questões relevantes, como as do Hospital de Ipixuna e da Fábrica de Chocolate, elementos que geraram perda de votos e aumentaram a rejeição de sua cliente.

Ao defender-se de montar uma equipe que não entendia a realidade do estado, Barbosa mais uma vez se ausenta, ao dizer que a área de jornalismo estava com Ruth Viera, a Produtora de imagem era a Digital, do Fernando Pena de Carvalho e o diretor de criação da campanha seria Glauco Lima, ex-DC3. Tal afirmação é pura deslealdade. Das 126 pessoas que formavam a equipe da Link em Belém, eram as 25 de fora que tinham posição de mando. Nenhuma das pessoas citadas por Barbosa efetivamente tinha o comando das áreas citadas.


Instado a responder diretamente às críticas feitas por mim, Barbosa não o fez. Ao invés disso, tentou me incorporar ao comando kamikase que dirigiu, ao afirmar que eu teria dito “tudo que queria”, “sem censura” e que minhas proposições teriam sido recusadas “pelo cliente”. Isso, definitivamente, não aconteceu.

Faltando 10 dias para a eleição no primeiro turno, compareci a uma única reunião na Digital na companhia de João Batista, Marcos Oliveira e André Farias, da coordenação da campanha, a convite da presidência do PT local. Na cabeceira da mesa, sinalizando poder de mando, Barbosa abriu a reunião apresentando uma pesquisa que dizia que Ana Júlia crescia e que tudo o que ele estava fazendo era o que deveria ser feito, que a base da comunicação ruim que fazia era “científica” e que as críticas eram equivocadas, infundadas, baseadas em pura “ignorância”.

Nessa única intervenção que fiz ao longo de toda a campanha, relatada na entrevista ao Diário, apresentei proposta que incluía uma remodelação do conceito de campanha, a alteração de conteúdo, do modo de apresentação da governadora na TV, de regionalização das inserções e de configuração diferenciada para o programa de rádio, de acordo com o que definira o PT em reunião realizada dias antes desse encontro na Digital. Barbosa então teve um ataque de nervos. Gritou, bateu na mesa, disse que ele estava “salvando Ana Júlia”, que a governadora estava desacreditada por todo mundo antes dele chegar aqui ; disse ainda que fazia a campanha de Paulo Rocha “de graça” e que o candidato tinha “problemas”. De maneira deliberada, tomou a diretriz de esvaziar a reunião, falando durante quarenta minutos seguidos. A reunião esvaziou porque todos ali tinham mais o que fazer do que ficar ouvindo suas desculpas e destemperos.

No dia seguinte, notas comprometedoras surgiram nas colunas de jornais locais, dando a entender que eu estaria assenhorando-me da campanha, numa clara iniciativa para me antagonizar com a coordenação de campanha. Tomei, desde então, a decisão de silenciar e assim o fiz até o momento posterior ao pleito.


Agora como na campanha, Barbosa segue manipulando informações e torturando os números. Atribui a si a votação de Paulo Rocha e a ida sofrida de Ana Júlia ao segundo turno, assim como o crescimento de Ana Júlia de 36 pontos para 44 pontos no segundo turno, sem levar em conta os dados históricos de votação da legenda e a reacomodação inercial de votos à esquerda na própria sociedade, ignorando que sem o crescimento surpreendente do PSOL Ana Júlia não teria ido nem para o segundo turno. Dizer que Ana “venceu o segundo turno” porque cresceu oito enquanto Jatene foi de 49 para 54, “crescendo apenas cinco” além de delirante, não leva em conta que o PT tem potencial para partir de cerca de 1/3 dos votos no Pará seja qual for o candidato e que Jatene já teria votos suficientes para liquidar a fatura na primeira volta não fosse a performance surpreendente de Fernando Carneiro.

Incapaz de autocrítica, Barbosa caracteriza o Titanic que comandou como “uma experiência técnica extremamente qualificada”. E não pára de delirar. Atribui a si o governo Lula ter sido reconhecido no Pará, Dilma ter vencido no estado e arremata com a mãe de todas as desculpas: “a comunicação não ganha nem perde eleição”.


Se for verdade que comunicação não ganha nem perde a eleição, por que os custos de comunicação são os mais altos item a item no mix de uma campanha eleitoral? É verdade que comunicação sozinha não ganha eleição, mas pode sim ser um elemento ativo na derrota. Aqui, foi um fator de peso. Na verdade, uma campanha eleitoral é toda ela, comunicação. Cada ato, cada gesto, cada imagem, cada palavra só vale se comunica o conceito. E que conceito a Link quis comunicar? Barbosa não sabe.


O dono da Link diz que minhas críticas me “diminuem” como profissional porque seriam “críticas descuidadas” de uma realidade que não estudei. Não são. Tomam como referência o conhecimento que tenho da realidade local, dos agentes políticos em contenda e das ferramentas do marketing político, adquiridos não apenas por formação teórica, mas também por 25 anos de atividade no setor. Tampouco tais críticas me diminuem. Ao contrário, me situam como um agente ativo no processo mesmo estando ausente de uma intervenção prática nas eleições majoritárias no Pará em 2010. Quem sai menor dessa campanha é Barbosa e sua empresa, que chegaram aqui como salvadores da pátria e saem como coveiros de um sonho que o PT lutou 30 anos para realizar.

A entrevista de Edson Barbosa não deixa dúvidas: a Link não passa de uma grande fábrica de desculpas".

63 comentários:

Anônimo disse...

mimimimimimimimimi

típica briga entre donos de agência que possuem o ego inflado.

isso tá pior que discussão no futebol sobre se foi penalti ou não.

Anônimo disse...

Triste, porque quem perde com esse bate-boca é o cliente, no caso Ana Júlia e o PT...

Bia disse...

Boa tarde, Rita:

"Oh! que delícia de guerra", um bom filme do final da década de 60 e um ótimo título para essa troca de farpas, fiapos e arremedos de análises políticas, para ocultar vaidades feridas, corações machucados e competências em cheque.


Abração. Boa semana de folga pra você,

Anônimo disse...

Rita, de uma olhada no blog do deputado Chicão do PMDB (blogdochicao.com.br) la ta dizendo que o Carmona vai ser o lider do PMDB e o Chicão o Vice lider na ALEPA é o que vc acha?

Anônimo disse...

O "cachorro que caiu da mudança" (justamente aqui no Pará?!) é um falastrão, um faroloeiro, um arrogante. O Chico Cavalcante pode até não ter razão quando diz que a campanha por si ganha ou perde uma eleição, mas tem toda a razão no caso específico da Link. A Link parece que foi contratada pelo Jatene, como um cavalo de Tróia. Melhor resposta para essas desculpas esfarrapadas é aquele comentário de uma anônima que disse que os programas de TV eram abastecidos com uísque e que a turma da Link tratava a cliente como Ana Rolha.

Ricardo Teles disse...

Coisa chata e que, não interessa a ninguém, só aos jornalistas pelêgos, que são 99% no Estado do Pará.

Anônimo disse...

E essa turma é uma fábrica de brigas. Ainda bem que tá acabando.

Fernando Bernardo

Anônimo disse...

A resposta de Cavalcante é rica de informações e precisa ser tratada com seriedade.

Anônimo disse...

Ao contrário dos comentaristas que me antecederam, reputo como extremamente importante a polêmica travada aqui, às claras, sobre erros e acertos de campanhas. Não interessa quem tem razão. Interessa é que o debate se dê com franqueza e que os argumentos se prefilem diante dos leitores. Não conheço pessoalmente nem Orly Bezerra, nem Chico Cavalcante nem Edson Barbosa, mas vejo neles exemplos de profissionais aos quais devemos dar ouvidos. Dizer que isso é apenas uma disputa de egos é uma tentativa de diminuir não apenas a importância do debate, mas a importância que a comunicação têm em todo processo eleitoral.

Anônimo disse...

Não vejo aqui um debate entre donos de agências, mas um debate entre elementos ativos na comunicação política. Nota 10, Rita!

Anônimo disse...

Eu acho que os comentaristas Ricardo Teles, anônimo das 14:28 e Fernando Bernardo não leram a postagem. Não se pode exigir de todos que tenham fôlego para leituras densas. Se lessem, veriam que não apenas há consistência na tréplica de Chiquinho Cavalcante, como há também uma denúncia: a agência baiana teria trabalhado para o governo do Estado SEM LICITAÇÃO! E essa denúncia toma por base uma citação da própria entrevista do dono da Link! Achar que isso é "mimimimi" de publicitário é muita ignorância. Parabéns Rita pela postagem!

Anônimo disse...

Porrada nele, Chico!!!!!

Anônimo disse...

Anonimo das 14:28: foi pênalti! E o Edson Barbosa bateu pra fora! Parabéns Rita, pela postagem. E parabéns, Chico, pela coragem!

Anônimo disse...

Eu acho que faço parte dos 99% dos jornalistas pelegos do Pará, porque eu estou adorando isso! Debate! Debate! Debate! É isso que é democracia. Não sei quem tem razão, mas gosto de avaliar os argumentos. Tendo a achar que Cavalcante tem mais consistência no que diz, embora ache que vários pontos das dificuldades políticas levantados pelo dono da Link ajudam a entender porque "o Titanic" afundou tão fundo. Fiquei curiosa sobre se Glauco, a quem admiro, teve ou não o papel que Edson Barbosa diz que teve, assumindo a direção de criação da campanha. Digo isso porque a campanha não teve um viés publicitário. Não parecia profissional. E Glauco, na sua agência DC3, sempre fez publicidade com cara de publicidade. Se foi realmente ele que fez essa campanha da Ana Júlia, desaprendeu tudo.

Anônimo disse...

Quem acha um bom debate "chato" tem uma índole autoritária. O que tem de ruim em se ver o pau cantando na casa de noca?

Anônimo disse...

Fernando Bernardo, está acabando o que? O debate? Eu quero é que continue e que essa corja de incompetentes jamais volte a por os pés aqui. Não se trata de ser baiano ou pernambucano. Se trata de ser burro. E burro não tem naturalidade. É só burro.

Anônimo disse...

Cara repórter, valeu a pena voltar a atualizar o blog para postar a resposta de Chico Cavalcante. Muito boa! Independente de se estar de acordo ou não com ele, deve-se ressaltar a relevância de seus argumentos.

Anônimo disse...

A FAMA, Faculdade da Amazônia, localizada na BR 316, abrirá espaço para o jornalista Chico Cavalcante expor suas posições sobre marketing político e o balanço eleitoral de maneira mais ampla, submetendo-se às perguntas de alunos e convidados. Os interessados em participar devem entrar em contato com o professor Arroyo pelo email arroyojc@hotmail.com.

Anônimo disse...

esse é o PT, não basta o porradal entre os militantes que acabou com o governo Ana Júlia, agora o pau come entre as agências de publicidade petistas. Assim, as concorrências (a política e a publicitária) penhoradamente agradecem!

Anônimo disse...

Acho pura vaidade, sim, tão vaidade que os próprios postam comentários se autoelogiando. E querem enganar a quem?!!

Anônimo disse...

Anônimo das 19:15: fica com as tuas leituras densas de Chico Cavalcante e passe bem.

Anônimo das 19:41,
tá acabando o governo, de um partido hipócrita, pouco republicano e muito afeito à brigas intestinas. Isso contamina toda a administração pública e quem foi foi ou é funcionário estadual sabe do que falo. No mais, ainda me referindo ao boçal das 19:15, o publicitário Cavalcante podia ter feito a denúncia de que uma agência trabalhava sem licitação ao MP, não? Porque só agora? Ou ele acreditava que a agência trabalhava para o PT nacional?

Fernando Bernardo

Anônimo disse...

Não vi nesse debate nenhum ¨arremedo de análises políticas¨. Ao contrário. Vi análises políticas maiúsculas. Análises em conflito, mas análises maduras. Tanto Chico Cavalcante, quanto Orly Bezerra, quanto Edson Barbosa esgrimiram argumentos. Podemos concordar ou discordar deles, mas classificá-los como ¨arremedo¨ aproxima a opinião debochada do despeito. As pessoas precisam aprender a debater sem tentar desqualificar o debate em si. Afinal, se é democracia que queremos, temos que suportar as divergências e estimula-las. Todos crescemos com isso.

Anônimo disse...

Paidégua! ¨Cachorro que caiu da mudança¨ é demais! E coincide com a cara de Edson Barbosa na foto publicada no Diário do Pará. Está com um ar perdido como a eleição que ele deveria ter ajudado a ganhar.

Anônimo disse...

Prezada Rita,

Tudo bem pesado, acho que o Chico Cavalcante, que é um homem sério e um profissional respeitado, talvez - estou a dizer talvez! - tenha cometido um erro na avaliação feita, pois a candidata Ana Júlia não poderia pagar as despesas de campanha com verba pública, mas, sim, com as receitas de campanha (fundo partidário, doações, etc.).

Não poderia haver, portanto, uma licitação pública, seguindo as regras da Lei Federal nº 8.666/93 (Estatuto das Licitações), com o escopo de contratar empresa de publicidade para fazer campanha eleitoral da candidatura oficial. Isso é o óbvio e, mesmo reconhecendo que o pessoal do PT demonstrou, no exercício do governo estadual, desconhecer completamente as mais elementares regras que regem a Administração Pública, não acredito que cometessem uma burrice (de tal envergadura) como essa.

Se a contratação da empresa Link foi feita pelo partido, então não há que se falar em dispensa de licitação porque os partidos possuem natureza privada, não são entes públicos, e é simplesmente espantoso que o Chiquinho não saiba disso.

Faço esse comentário de natureza técnica para separar o joio do trigo, considerando, sobretudo, que o PT, e seus admiradores como o próprio Chiquinho, parece ter notória dificuldade em separar o que é do domínio público do que pertence à esfera privada (vai ver que consideram tal separação uma espécie de adereço inútil da "democracia burguesa", algo que acabará quando o socialismo for implantado entre nós...).

Quanto ao mérito das discussões, embora tenha uma evidente admiração pelo trabalho sério e competente do Chiquinho, acho que a Link não pode ser demonizada por uma simples razão - o governo Ana Júlia foi um desastre completo e marqueteiro algum poderia, mesmo segurando a varinha mágica do Harry Porter, salvá-la do naufrágio.

Devemos confiar no discernimento do povo (eu confio!) e parar de achar que um candidato ruim, que conduziu um governo péssimo, pode ser levado à vitória por recursos cênicos ou por mensagens que, na verdade, se chocam frontalmente com a realidade fática (ou realidade objetiva concreta, como preferem os marxistas de todos os tempos).

Vejo na discussão entre o Chiquinho e a Link, ou o representante dela, um ganho para o debate democrático, afinal, discute-se quais foram as falhas da comunicação da campanha que conduziram à derrota de Ana Júlia. Sinceramente, espero que fique para os personagens envolvidos no debate uma lição clara e inequívoca - recursos cênicos, palavras de ordem, jingels, enfim, todos os recursos midiáticos, embora importantes,não são suficientes para afetar o discernimento do eleitor, sobretudo quando o candidato é ruim, muito ruim.
No Pará, ao menos, a democracia saiu fortalecida, os magos da comunicação moderna - a expressão é do jornalista Lúcio Flávio Pinto ao se referir aos marqueteiros -, mesmo com o apoio da máquina oficial, perderam para o discernimento acertado do eleitor paraense. Que isso lhes sirva de lição.

Ricardo Teles disse...

Preclaro anônimo das 19:15 (16/11), quem se esconde no anonimato, com certeza faz parte dos 99% de jornalistas e publicitários pelêgos do Estado do Pará, que citei no post acima. Denso é a sua vontade de pegar uma boquinha de assessoria no poder público. Vá estudar e submeter-se a concurso público para fazer jus a quaisquer tipo de remuneração advindo do erário, aí sim, você leria e estudava e teria folego para leituras densas, como eu tive para ser funcionário em instituição federal e de pesquisa.

Anônimo disse...

Quem tem medo do debate? Quem o acha inútil? Eu acho bom. Eu acho salutar. Eu acho que esta valendo pelas lições, inclusive de retórica. Tem vaidade e ego ferido pelo meio? Tem. São pessoas e pessoas expressam sentimentos sempre. Isso não invalida o debate. Sem paixão não há debate.

Anônimo disse...

Engraçado.
O Chico além de se diminuir querendo chutar o defunto, se diminui ainda mais ao treplicar a entrevista, de novo edm tons que revelam seu revanchismo pessoal contra os que, na DS, não quiseram o contratar (opção legítima e legal) e o que viu como ameaçador do seu espaço no mercado que, diga-se, já estava sendo perdido desde o segundo governo do Edmílson em Belém, quando a Vanguarda foi escanteada do comando da propaganda pela FAX.
Ao insistir nesse tema, o Cavalcante se revela uma pessoa que, a despeito de tentar passar uma imagem de "Noam Chomski" da publicidade, é fissurado em grana e perde cada vez mais sua verve política trotskiana, porque é nisso que consiste trocar a política pelo marketing como explicação dessa derrota. Mas, isso não vai colar, porque só os mais incautos e oportunistas do PT (PMMM do B) irão aceitar esse argumento.
Ana Júlia perdeu essa eleição porque sua gestão foi desastrosa e sua articulação política foi desastrosa.
Não sei se a Link a chamava de Ana Rolha, mas que o Cavalcante sempre a chamou de retardada isso é fato inconstestável.
Só não entendo mesmo é pq a poster dá a ele a palavra final.

Anônimo disse...

Enquanto essa briga é divulgada, por onde passam as análises verossímeis sobre a derrota petista? A única análise realmente convicente, veja que curiosidade, foi produzida pela Profa. Edilza Fontes - que falou inclusive sobre coisas que o PSDB por enquanto cala -, mas não ganhou a mesma notoriedade dessa briga.

Professoa Edilza disse muitas verdades sobre a derrota, mas o que tem ganhado espaço é a birra entre os marketeiros. Já foram entrevistas em cadernos de domingo, sucessão de posts em blogs, comentários exagerados... enfim, tudo que possa fazer crer que a derrota petista é produto de uma falha na estratégia de markentig.

RITA, publique novamente a entrevista anterior do Chico. Uma palavra que foi dada não pode ser revogada por vontade de quem a disse; porque depois de ter dito as palavras pertencem aos leitores. Não importa se foi escrito na pressa ou não. A verdade geralmente vem em momentos em que a liberdade de consciência se permite escapar da vigilância pessoal dos temores do politicamente correto.

Anônimo disse...

Talvez haja muito ressentimento em tudo aqui, mas também há política, por certo, e essa é a parte boa. A DS no Pará foi um arranjo de pessoas em volta de um monte de dinheiro. Acabou com o governo que acaba e não voltará mais. Edilza Fontes, que agora faz análise técnica dos desacertos do governo, fez parte disso, mas foi escanteada porque queria ser deputada federal e Cláudio Puty, o escolhido, também queria. Ou seja, faz parte do núcleo de ressentidos, dos quais também fazem parte Chico Cavalcante, Charles Alcântara, Fábio Castro e tantos outros que foram sendo chupados e largados aos bagaços no meio do caminho.

Anônimo disse...

Sou petista e pertenço à DS, mas também sou crítico ao marketing da campanha de Ana Júlia e concordo com Chico Cavalcante em duas questões: a) o marketing teve um papel estrutural na derrota; 2) governos mal avaliados por erros de gestão podem contornar esse problema com o oceano de mídia que encontram na campanha porque podem usar esse espaço para EXPLICAR O QUE FIZERAM, PORQUE FIZERAM E COMO FIZERAM; podem DIZER QUEM FOI BENEFICIADO COM O QUE FIZERAM e, por fim, PODEM QUALIFICAR NEGATIVAMENTE O ADVERSÁRIO, limitando seu espaço de crescimento. Temos que parar com essa tentativa de desqualificar a análise do Chico com esse papo furado de que ele está "trocando a política pelo marketing como explicação dessa derrota". Não está. O que ele está fazendo é UMA ANÁLISE DO MARKETING E DO PAPEL DO MARKETING NA CAMPANHA. Ele explicou isso em sua replica nesse mesmo blog, quando disse que não se propôs a fazer uma análise de governo, mas do lugar do marketing na derrota. A não ser que a pessoa que disse isso não seja daqui ou tenha ficado muito tempo fora de Belém, é evidente que essa pessoa saberia que o governo de Simão Jatene não foi nenhum primor de competência e realizações e que tudo o que ele apresentou como realização foi FEITO POR ALMIR GABRIEL, que dessa vez estava com Ana Júlia. O que os defensores da Link não dizem e deveriam dizer de peito aberto é que tudo o que foi feito nessa campanha péssima era o melhor que poderiam fazer porque não têm capacidade para fazer melhor.

Anônimo disse...

O circo está pegando fogo! Mas ainda não chegou na mulher barbada!

Anônimo disse...

Graaaaande Chico! Continue a chutar esse defunto! É a mandinga para que ele não ande de novo e volte a assustar as pessoas por aqui!

Anônimo disse...

O Chico, meu amigo, tocou fogo nas próprias vestes para fazer esse circo pegar fogo. Admiro a coragem. Ou a loucura. Mas está se isolando com isso, se distanciando cada vez mais do PT, a legenda que ajudou a construir. Para que lado irá? Não sei. Esses críticos que falam que a motivação seria dinheiro não conhecem o Chico. Eu conheço. Ele se move por paixão e essa paixão, como agora, às vezes o cega. Meu amigo, saia dessa muvuca. Esqueça isso. Deixe para lá. Os ignorantes compraram a passagem para o fim do mundo, sem consultar você. Passou. Esqueça tudo isso e siga em frente. Você é maior que isso.

Anônimo disse...

Red Notes (ou, pegando uma carona no debate alheio para dizer o que me interessa).


1. A Link está reunificando o PT. Todos acham que eles foram precários. E olha que unanimidade entre petistas é muito difícil de conseguir. Em reunião realizada ontem à tarde, na sede o partido da rua Gaspar Vianna, o ponto de balanço ainda versou sobre os erros da comunicação e o pau cantou, de modo unânime, na Link e em sua forma de condução da campanha.

2. Ana Júlia, em Brasília, conversou com altos dirigentes da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), ex-Articulação. Prepara sua saída da DS. A casca velha vai ficar para trás.

3. Cláudio Puty está mesmo conversando com o PCdoB. Em pauta sua transferência para a legenda, visando garantir a vaga para a disputa da prefeitura em 2012. Entre petistas, os nomes da vez seriam Ana Júlia, Valdir Ganzer ou Alexandre Padilha.

4. Não chamem para a mesma reunião Chico Cavalcante, que acaba de se desfiliar oficialmente do PT, e Maurílio Monteiro, esse o principal avalista da presença da Link na campanha petista. Sai faísca!

Anônimo disse...

Esse Chico tem dor de cotovelo, inveja pura, despeito por não ter sido chamado para fazer a campanha.E ficou o tempo todo dando palpite e se oferecendo, cuspindo regras e teorias que na prática ele não soube aplicar. Cuidava da comunicação do governo, seu cliente tinha péssima avaliação (mas nesse caso, nem a comunicação nem ele tinham qualquer responsabilidade, né???)e agora fica nesse discurso de aldeia, típico de quem tem medo de concorrência. só mercados e profissionais primários se fecham ao que vem de fora. Pelo que fala, parece que a eleição estava ganha desde sempre e que a campanha foi que fez a governadora perder.natural que seja assim. É a saída que ele precisava para não olhar no espelho que reflete a sua rejeição pelo cliente.
Tenho vergonha por ele.

Anônimo disse...

Um certo anônimo escreveu: "enquanto essa briga é divulgada, por onde passam as análises verossímeis sobre a derrota petista?". Sabe o que querem os que dizem que as análises aqui expostas são inverossímeis? Querem que se faça um coro em torno da análise simétrica que fazem a Link e o PSDB: Ana Júlia perdeu porque fez um mal governo. Não fez. Fez uma comunicação ruim. Item a item, fez mais em 3 anos e meio do que o Jatene fez em quatro anos. Mas existe uma insistência em fazer crer que o governo ruim gerou a derrota. Não foi assim. A percepção ruim de um bom governo abriu espaço para o preguiçoso voltar ao posto e deixar Sérgio Leão governar. No fim, montam todos suas redes de restaurante. E a gente paga a conta.

Anônimo disse...

Ana Júlia é um cadáver político, como disse o santareno Jeso. E esse velório está demorando demais. Está na hora de sepultar esse corpo, Rita. daqui a pouco os convidados começam a se incomodar com o odor.

Anônimo disse...

Anônimo das 14:29, não entendi. O baiano apanha de pau e você fica com vergonha pelo Chico? Tá doida, doida?

Anônimo disse...

Anônima das 14:29, a eleição estava ganha mesmo. Ana Júlia tinha 14 partidos, 86 prefeitos, quase o dobro do tempo de TV e rádio, uma produtora de 4 milhões, uma agência de 10 milhões com 126 profissionais com gabarito, dentre os quais o redator de Duda na campanha vitoriosa de Duciomar, Teo Barbosa; uma estrutura que custou 30 milhões ao PT e uma série de ações de governo que mostravam que Ana Júlia era melhor que Jatene em todos os quadrantes. Eleição ganha, sim. Mas perdeu. Perdeu onde? Perdeu na TV. Perdeu porque foi incapaz de afirmar a incompetência de Jatene e a sua competência. Paulo Rocha e Jader entraram naquela eleição eleitos. O primeiro com 27% e o segundo com 33%. No começo da eleição, Flexa Ribeiro tinha 3% de intenção de voto. Ninguém sabia quem ele era. E o cara teve 2 milhões de votos. Onde aconteceu isso? Na sua cabeça oca? Não, no rádio e na TV. Essa balela de dizer que comunicação não tem importância é de uma estupidez sem fim. Como disse o Chiquinho aqui mesmo, se não tivesse importância não se gastaria milhões com isso. A Link, que custou os tubos, foi sim um ator central na derrota.

Anônimo disse...

Chico, obrigado. Me sinto vingado. Durante toda a campanha, trabalhando na Link, vi o que acontecia ali, o descuido com que se tratava especialmente a campanha de Paulo Rocha. Ele chegava para gravar e não tinha nada pronto. Eles faziam na hora o que lhes vinha à cabeça e davam para ele gravar. Não havia linha, não havia estratégia. Mas quando a gente ia dar alguma sugestão, o Theo dizia "tu não sabes de nada, rapaz. Vocês não são pagos para pensar. Deixa que isso a gente faz". E assim foi do começo ao fim, numa orgia regada a uísque todas as noites. Ninguém chegava para trabalhar antes das 11 horas. Várias vezes o programa foi repetido porque simplesmente não entregavam a fita na hora. Dizer que isso não teve influência nenhuma nessa derrota é realmente não entender nada de nada. Não foi apenas a falta de pensamento estratégico, mas a desorganização total e a falta de compromisso que levaram a Link a conduzir esse barco para o precipício. Digo isso como alguém que trabalhou lá. Eu sei, eu vi, eu vivi.

Anônimo disse...

Fazem bem Chico e Glauco de não avançarem para o balanço político. Isso é tarefa do PT. Atenham-se às suas áreas. Em janeiro o PT fará um encontro extraordinário e então virá à luz o balanço. Se vocês acham que aqui tem carne queimando, esperem até janeiro para ver o tamanho da fogueira.

Anônimo disse...

Estou para ser demitido porque não paro de olhar aqui! Eu adoro essas porradas! Elas são pedagógicas. Vem um argumento, depois um contra argumento. E assim vai se criando um mosaico de opiniões muito rico. Eu conheço o Chico e, como disse o Raul Meireles, também tenho razões para não gostar dele. É um papel de embrulhar prego. Mas acertou em cheio ao dar o ponta-pé inicial a esse debate. Como ele, acho sim que a comunicação teve um peso. A prova é a eleição de Flexa, um zé ninguém antes dos programas de tv e agora o senador mais votado do estado. Se isso foi resultado da comunicação, por que achar que a eleição do Jatene não foi?

Anônimo disse...

Rita, parabéns! Teu blog tá bombando, mana! Eu também quero um assim!

Anônimo disse...

Anônimo das 10:10, Chico Cavalcante perdendo espaço para a Fax durante o governo Edmilson? Pelo amor de Deus! Quem pode acreditar nisso? Ele comeu aquele mingau até o fim e até a beirada! Tem que ser ingênuo ou bobo para acreditar nisso, meu caro. Quem você acha que fez essa campanha do Edmilson para deputado? O Anselmo Gama?

Anônimo disse...

Chico, você lavou a minha alma!!!!

LatoeSensu disse...

AO Anônimo das 15:27,

Você força a barra quando põe em curso a mentira petista de que Ana Júlia fez um Governo melhor do que o do Jatene e derrapa ao creditar a derrota na conta da má comunicação.

Observa os dados que outro anônimo trouxe ai em cima e junta esses dados a toda a declaração que já foi dada a respeito de orçamento dessa campanha:

1- Um governo que contava com apoio de 14 partidos;
2- Uma governadora cuja candidatura recebeu a adesão de 86 prefeitos;
3- Uma campanha que contou com quase o dobro do tempo de TV e rádio;
4- Um orçamento milionário (4 milhões só para a produtora) que paga uma agência de 10 milhões com 126 profissionais gabaritados e mais garante mais 4 milhões só para a produtora (tudo isso poderia estar nas mãos do tal Chico, tanto faz);
5- O apoio do Presidente mais bem avaliado da história;
6- A imagem da sua candidatura colada a uma campanha presidencial que viria se tornar vitoriosa;
7- O comando da máquina.

E você reduz tudo à falta de uma estratégia de comunicação? você diz que o problema foi o erro de marketing de campanha?

Não, não foi! o problema foi a fata do item mais importante, o item de número 8: A FALTA DE UM BOM GOVERNO. Um governo menos envolvido em escândalos como os da santa casa, como os da menor presa em uma cela com homens, como os dos KITS escolares, como os da SEMA, como os do Seguro defeso, etc. Um governo de obras estruturais, que não fossem tão apressadas e localizadas como as do ação métropole (que são do PAC, diga-se). Um governo de ações de integrãção reginal, que diminuísse a ausência do poder no interior do Estado, Um governo de uma politica de segurança séria, sem contratação de viaturas na última hora. Um governo que cumprisse acordos politicos, inclusive com petistas. Um Governo que prometesse coisas possíveis e não delírios como o projeto "1 bilhão de árvores". Enfim, um Governo que efetivamente fosse melhor do que o do antecessor, o Jatene, e não um que se mantivesse apenas a berrar que foi melhor sem ter sido.

Considere, ainda, que se fosse verdade o que você disse sobre o Gov. Ana Júlia ter sido melhor do que o do Jatene, com toda essa estrutura em favor da Candidata não poderia ter outro resultado senão a vitória. A verdade que se impõe, meu caro anônimo, é: O Governo Ana Júlia está muito distante de ter sido até mesmo um governo mediano.

LatoeSensu disse...

Continuação...

Veja a contradição, você diz que Ana Júlia foi melhor do que o então ex governador Jatene, que disputava como um candidato sem a máquina, com a menor aliança, que arrecadou muito menos. Se fosse verdade sua afirmação, ela estaria a depor contra a tese da falta de comunicação, porque ao melhor seria juntado toda a estrutura favorável. O citado melhor governo de Ana Júlia somado a toda a estrutura citada acima venceria até se usasse a estrategia de se comunciar com o público por meio de anúncio em classificado.

O resultado desfavorável ao seu partido ocorreu porque o problema é aquele que militantes como você sempre se põe a negar com veemência e que gente como eu sempre volta a repetir por insistência: Faltou um BOM Governo.

Ademais, quero te dizer que a comunicação é ferramenta de divulgação das ações estratégicas que foram praticadas e das coisas que existem como ativo de um governo. A comunicação reforça aquilo que o povo está preparado para aceitar como obra referencial de um gestor porque já percebeu a existência e já gozou dos benefícios da transformação levada a efeito para melhor. Assim, o gestor poderá capitalizar, transformar em seu favor os ativo político que decorrem das suas ações reais. Comunicação é estratégia de reforço de um bom governo e não um instrumento de criação da ideia de um bom governo no imaginário popular, mas sem referência na realidade.

A estratégia de comunicação de que você e o marketeiro preterido tanto se ressentem da falta é aquela que tenta criar no imaginário das pessoas uma referência de ação governamental que não existiu. Essa estratégia de comunicação é verdadeira estratégia instrumento da mentira governamental. É sobre essa estrategia de comunicação e de marketing que se está a tratar nessa disputa acusatória do Chico em relação a Link. A reclamação é a respeito da falta de eficiência da mentira que foi contada por meio de milhoes de reais em investimento e do uso de técnicas publicitárias.

A acusação portanto se resume no fato de que a link não teria usado a melhor técnica de enganação. E nós paraenses agradecemos que tenha sido assim.

Fui claro ou preciso desenhar?

Anônimo disse...

Lato Senso, data venia tenho a dizer o seguinte:

Você lembra quando vocês, do PSDB, diziam que a insegurança era apenas uma sensação? A verdade
é que deixaram a polícia virar sucatada e o Pará tinha um dos menores efetivos do país. Ana Júlia fez concurso para mais de quatro mil policiais. Mas não se resolve um problema tão grave, que foi deixado de lado por tanto tempo, em apenas três anos e meio.

- Lembra quanto tempo nossa catedral ficou fechada? A missa do Círio, tinha que ser feita do lado de fora. Foi Ana Júlia que terminou a restauração, que parecia sem fim.

- Lembra quando o nosso interior era esquecido pelo governo, que só fazia obras pra capital? Esse era o
jeito de governar dos tucanos. Ana Júlia mudou isso. Hoje o desenvolvimento começa a chegar em todo o estado, fazendo com que as pessoas não tenham que sair da sua terra, pra viver melhor.

- O Governo deve trabalhar por quem mais precisa. Certo? Mas os tucanos não fizeram assim. Governaram usando o dinheiro dos impostos para beneficiar quem já tinha muito. Foram muitas obras onde os pobres quase não vão e nem tem dinheiro pra entrar.

- Os problemas na saúde são graves. Sempre foram. Isso é verdade. Mas eles não apareceram de repente. São o resultado de muitos anos de descaso. Não se destrói um estado inteiro em 3 anos e meio. Mas situação já estava melhorando. Ana Júlia investiu muito mais em saúde que todos os governos tucanos., principalmente na prevenção, para reduzir a lotação dos hospitais.

Fatos, amigo, e não palavras.

Anônimo disse...

LatoSenso, meu nome é Birá. Tenho pena de você e de seu cérebro limitado, consumido pela propaganda mentirosa que seu partido fez ou movido por interesses impublicáveis. Eu acho que você se entorpeceu com o próprio discurso, mas vamos lá, já que você precisa se curar com boas doses de verdade.
Com Lula e Ana Júlia, o Pará cresceu no ritmo do Brasil. A siderúrgica que Jatene não teve força para trazer para cá, está sendo construída em Marabá. Não é lari-lari, é realidade.
O PAC do Pará, criado por Ana Júlia, tem previstos para investimento cento e nove bilhões em todo o estado. Jatene vai pegar isso de bandeja e dizer que foi ele que plantou e colheu o que Ana Júlia semeou.
Ana Júlia trouxe para o Pará grandes obras. O maior Pólo de Biocombustíveis do mundo, está sendo feito aqui.
Jatene sucateou a polícia. Há muito tempo não se contratava nenhum policial militar aqui no Pará. Com Ana Júlia, são mais de quatro mil novos policiais concursados.
A nova Santa Casa, objeto do desejo da propaganda nazista que os tucanos fizeram, foi recuperada por Ana Júlia. Tem agora mais 180 leitos só na maternidade.
No Hospital Ofir Loyola estava abandonado na prática e lindo nos comerciais de TV. No porão, tinha um acelerador nuclear abandonado ao invés de estar salvando vidas. No governo de Ana Júlia ele passou a funcionar e hoje o Ofir tem o maior centro de radioterapia do Norte e Nordeste.
Ana Júlia colocou pra rodar mais 1.400 viaturas para a polícia. Essa balela de que as viaturas não valem porque são alugadas é discurso de propaganda nazista. É como dizer que quem mora em casa alugada é sem teto. Elas não apenas funcionaram como seguirão funcionando, porque Jatene só vai acabar com isso se for mais imbecil do que eu penso que ele é.
Ana Júlia já entregou nove mil casas populares, mudando a história de vida de muitas famílias. Outras 17 mil estão em construção.
Com Jatene, o Pará era conhecido por ser campeão da violência no campo. Com Ana Júlia isso mudou. A regularização fundiária e o apoio ao pequeno agricultor praticamente acabou com os conflitos de terra. Com Ana Júlia, Dorothy Stang ainda estaria viva.
O complexo viário da Júlio Cezar com a Pedro Álvares Cabral já acabaram com os congestionamentos por lá, que eram símbolo da ineficiência dos governos tucanos. Agora você sai do Reduto e chega na Cidade Nova em minutos. Isso foi Ana Júlia quem fez em pouco mais de 3 anos e meio.
Mas nada do que eu disse aqui foi mostrado na TV. Como não foi mostrado na TV que 80% do que Jatene prometeu em 2002 não cumpriu como governador, limitando-se a inaugurar as obras que Almir Gabriel iniciou. É disso que trata esse debate. A população do Pará não teve o direito de escolher com clareza porque um dos lados não sabia falar. E apanhou calado.

Está bem entendido ou eu preciso soletrar?

LatueSensu disse...

OI Birá, tudo bem? Interessante o favor que me faz ao citar sem soletrar esse rosário de motivos comuns já mapeados como possíveis ativos políticos do teu partido e ofertados para a divulgação da militância. Nem tudo o que você diz ai é mentira, veja bem; mas há sim muita coisa que não corresponde à realidade e que nem serve para dizer que o Governo da Ana Júlia foi melhor que o do Jatene. Infelizmente daria algum trabalho refutar os seus erros aqui nesse espaço. É até uma tarefa fácil em seu conteúdo mas de difícil na execução, porque requer análises detidas dos dados e testemunhos que nem você e nem seu partido estão dispostos a aceitar com facilidade. Penso que se eu fizesse isso aqui, teriamos para cada refutação a abertura de uma discussão infindável. Estaríamos então a desvirtual o espaço da Rita e a disucssão em andamento.

Me permite pinçar um ponto do teu discurso para testar o teu grau de tolerância diante de uma resposta.

Houve violência no campo no governo jatene? Sim, claro! E ocorria porque o MST não se continha ao promover invasões de terra e a PM era incansável nos cumprimento dos mandados judiciais. Essa violência é inevitável quando a polícia atua para prender os bandidos e os bandidos pretendem se manter livres para continuar a praticar os crimes a que estão acostumados.

Dizer que o governo Ana Júlia foi melhor que o governo jatene porque não houve violência no campo é retórica. A Ana Júlia deu sua contribuição para essa "paz no campo" ao impedir que polícia cumprisse seu papel, pois evitou o cumprimento de muitas ações de reitegração de posse no Estado. Milhares de ordens de reintegração estão ainda esperando cumprimento. Esse desrespeito para com o poder judiciário colocou o Estado durante o Governo sob ameaça de intervenção federal. O que temos na verdade não é ausência de violência, mas a falta de coragem de uma governadora para enfrentar os desmando de uma orda invasora de terras. O que está em curso é a cumplicidade do governo Ana Júlia com essa violência unilateral praticada pelo "movimento social" que invade a revelia da justiça e dos próprietários. Isso portanto é violência? Penso que sim.

Bem, a resposta ficou muito grande e so comentei superficialmente um ponto. Antes de me despedir de você, Birá, preciso dizer que dispenso seu sentimento cordial de pena. Dizer que eu estou entorpecido pelo discurso para depois desfiar um texto repleto de programação militante deixa, para quem lê, a impressão de que o Domingo está a falar mal do feriado.

Abraços.

PS: dizer que a Freira estaria viva se o governo fosse da Ana Júlia é verdadeiro delírio produzido por cabeça revolucionária. Talvez ela estivesse tão viva quanto aqueles bebês da santa casa, lembra?

Anônimo disse...

ô anônimo das 8:59. Cá entre nós, de anônimo pra anônimo:acho que você não viu a propaganda da Ana Júlia. Porque, caro anônimo, tudo isso foi mostrado sim na tevê. À exaustão. O Elevado Daniel Berg, aliás, era mostrado todo dia, assim como aquelas casinhas do Pac e a tal fábrica de Marabá. Aliás, era só isso e o tal do acelerador nuclear. O problema é que enquanto a propaganda dizia isso, bastava passar na frente do Ofir Loyola e ver a fila pra consulta. Bastava andar por Belém e ouvir os relatos dos carros da polícia que não saem do lugar. Bastava ir ao interior e ver que os hospitais não funcionam. Bastava ir a Medicilândia e ver que a fábrica de chocolate não tinha energia. Bastava ir a Ipixuna do Pará e constatar que onde a propaganda dizia ter um hospital em construção, havia apenas um terreno baldio. Bastava ir ao Moju e ver as crianças estudando embaixo da Mangueira. Bastava ir a Altamira e verificar que a Upa 24 horas era apenas um centro de triagem montado num prédio já existente. Bastava ir a Breves e ver que o hospital que o Jatene fez e foi inaugurado apenas três anos depois, não tinha médicos. Não, anônimo iludido, a propaganda mostrou tudo isso. A realidade é que era mais forte que ela. Inventaram as obras, mas esqueceram de combinar com o adversário. O povo já havia sofrido o estelionato de Duciomar, que abriu um monte de frente de trabalho de última hora. O povo não é bobo. Não se deixou enganar de novo. Deu pra entender ou devo explicar como se fosse pra uma criança de seis anos?

LatoeSensu disse...

Bom reforço, Anônimo das 13:50. Você foi bem sntético.

Abraços!

Anônimo disse...

Anonimo das 13:50, o cenário que você relata é o cenário do Pará desde o fim do século XIX. Não mudou, de fato, com Ana Júlia. Mas não mudou com Almir, com Jatene, com Jader, com Hélio Gueiros ou Barata. É o cenário de uma Amazônia periférica. Que não vai mudar agora. Ao contrário, tende a se aprofundar. As filas na frente do Ofir Loyola começaram com Ana Júlia?. A falta de segurança começou com Ana Júlia? A falta de médicos e hospitais que não funcionam começou com Ana Júlia. As crianças em Moju estudando embaixo da Mangueira nasceram agora com Ana Júlia, ou seja, elas tem 3 anos e meio de idade? Essa realidade era de antes e será de depois. Não se engane. O estelionato eleitoral de Duciomar foi inaugurado por quem? Foram os tucanos que colocaram esse ralápio lá, para derrotar justamente Ana Júlia em 2004. O povo, enganado pela comunicação nazista de vocês, logo vai entender que foi enganado como se fosse uma criança de seis anos.

Anônimo disse...

Aos anônimos amarelos, algumas observações relevantes, à guisa de limpar seus cérebros entorpecidos pela propaganda nazista de Jatene. Em Medicilândia, a fábrica de chocolate tem energia, sim. Em Ipixuna do Pará há sim um hospital em construção. O terreno baldio fica ao lado e foi filmado e montado para enganar incautos como você. Em Altamira, a Upa 24 horas foi montada e funciona em um prédio já existente, mas numa área que era subutilizada, significando economia de recursos públicos. Se fosse com os tucanos, era mais um prédio para a construtora de Flexa Ribeiro fazer. Em Breves o hospital que o Jatene entregou só a carcaça, foi inaugurado três anos depois, totalmente equipado, com médicos concursados já em fase de seleção. Não, anônimo amarelo e idiota, a propaganda de Ana Júlia foi incompetente e perdeu para a de Jatene, que conseguiu implantar em mentes rasas como as suas todas as mentiras que quiseram implantar. Hoje você é um zumbi amarelo, reproduzindo só o que viu na TV.

Anônimo disse...

Anônimo das 13:43, em termos de matança de bebês Jatene está na vantagem. Em 2006 foram 1.200 óbitos na Santa Casa, contra 323 de 2007, primeiro ano de Ana Júlia. Mais uma vez, a prova de que a propaganda tucana contaminou o debate difundindo mentiras e a de Ana Júlia foi incapaz de rebater à altura.

Anônimo disse...

Rita, esse debate caducou. Agora são os redatores de Ana Júlia contra os redatores de Jatene em duelo, cada qual com sua tonelada de mentiras. Fernando Carneiro do PSOL tinha razão: é tudo farinha do mesmo saco.

Anônimo disse...

Quando um sujeito aponto o dedo para o outro para acusá-lo de Nazista, tenha certeza: há grandes chances de ele estar a falar de si mesmo.

Abraços.

Anônimo disse...

Rita, bom dia


A qualificação e experiência dos" profissionais de comunicação", sem dúvida,os credencia a fazer o diagnóstico das causas que nos levaram à derrota.

Entretanto, atribuir à falha de comunicação não só no transcorrer do mandato, como também, no desenrolar da campanha é uma tentativa de "esconder e/ou minimizar" outras variáveis talvez de dimensão muito maior.

Só teríamos com razoável determinação os coeficientes das variáveis envolvidas, após uma acurada pesquisa dirigida para esse fim.

A frase do Chico Cavalcante, não difere muito da opinião de Edson ou Ana célia:
"É verdade que comunicação sozinha não ganha eleição, mas pode sim ser um elemento ativo na derrota. Aqui, foi um fator de peso".A ANA Cèlia diz que mídia bem feita " levanta até defunto".

Eu estou convencido de que a vitória depende de outras variáveis. Só não tenho elementos no momento para identificar quais são as mais importantes. Mas colocaria vitória eleitoral como variável dependente na seguinte equação:
Vitória eleitoral = x.melhora saúde + y.melhora educação + z.segurança + &.infra-estrutura + p.programas sociais + f.geração emprego + k.(propaganda+marketing) + l.relação parlamentar + j.articulação política - s.escândalos - q.rejeição popular

Observe que teríamos dois fatores redutores (escândalos e rejeição).

Só mediante identificar o que balizou o voto do eleitor através de pesquisa dirigida que englobasse esses ítens, teríamos condições de identificar quais os fatores de maior dimensão na visão do eleitor.

Rita, será lamentável se essa discussão ficar restrita à comunicação. Essa derrota engloba muitas variáveis.

A crítica tem que ser absorvida, reconhecida, senão iremos cometer os mesmos erros em um futuro muito distante.

Josenildo Mendes

Anônimo disse...

Nazista por nazista, sou mais o Ratzinger!

Anônimo disse...

A Ana Júlia deveria chamar as pessoas que trabalharam na campanha com a Link para saber de verdade o que rolava lá dentro. Tem muita coisa que seria muito bom ela saber. Principalmente as pessoas da terra, os paraenses que receberam menos e trabalhavam muito mais. Que o diga no primeiro turno que todo mundo da Link viajou e quem ficou aqui foram os paraenses que trabalharam o final de semana todo. Enquanto o pessoal da Link foi descansar uns em Salinas, outros em Recife e outros na Bahia.
E tb saber as diferenças de cachês que eram pagos pros baianos e para os paraenses. O pessoal de fora tinha muita mordomia

Anônimo disse...

Ei...já que entraram neste mérito os cachês pagos para o pessoal daqui de Belém eram inferiores aos que vieram de Brasília, da Bahia, de Recife, de São Paulo. Tinha gente de tudo quanto é lugar mas os paraenses que vivem aqui e que foram contratados receberam menos.
Além de fazerem duas campanhas pelo "preço" de uma.
Paulo Rocha e Ana Júlia

Anônimo disse...

A persuasão nos dias de hoje está no verbal e no não-verbal. No texto e na imagem. Na forma e no conteúdo. Toda comunicação deve ser persuasiva quando se trata de um mercado, especialmente eleitoral, em que as cifras anuais de propaganda beiram a casa dos bilhões de dólares. Tudo deve ser pensado, repensado, baseado em pesquisas de mercado e embasado em complexas teorias sobre o comportamento do consumidor. Parabéns, Chiquinho, não só por sua análise, seca e cortante e por isso incômoda para muita gente. Mas se você não tivesse a coragem de dar a cara a tapa nenhum debate teria acontecido, nenhuma opinião teria se manifestado, nenhum marketeiro teria se colocado à luz. Isso é ser vanguarda. Lendo aqui a quantidade de pedras que foram atiradas em você fiquei pensando se, estando em seu lugar, eu me exporia tanto. Não o faria. Mas eu sou só um anônimo e você, como costuma dizer, tem nome e sobrenome. Mais uma vez parabéns.

Anônimo disse...

que babaquice.... isso ainda tá rendendo?