Da FolhaPress, via blog do Gerson
Por João Carlos Magalhães
A pedido da coligação do candidato a governador Simão Jatene (PSDB), a Justiça Eleitoral do Pará mandou uma jornalista apagar de seu blog um texto sobre uma pesquisa eleitoral no Estado.
O texto, segundo a autora Franssinete Florenzano, tinha cinco linhas e comentava pesquisa interna do PT, na qual o ex-governador Jatene supostamente aparece em empate técnico com a atual governadora, Ana Júlia Carepa (PT).
De acordo com a decisão, a pesquisa não poderia ser divulgada, por não ter sido registrada na Justiça Eleitoral. A condenação, em caráter liminar, gerou repercussão no Twitter. Para a jornalista, o que ocorreu foi uma censura.
“Por que [a coligação] não usou, por exemplo, do direito de resposta? Optou pela mordaça”, disse Florenzano, em seu site.
A jornalista, que também é advogada, cita no texto falhas processuais da ação. Ela recorrerá da decisão.Orly Bezerra, marqueteiro de Jatene, negou que a candidatura tenha censurado o blog, e sim que pediu o cumprimento da lei.
“Imagine se todo mundo começa a publicar pesquisas não registradas? Os blogs podem ter a opinião que quiserem. Mas estão sujeitos à legislação”, afirmou.
Comentário do Gerson
A coisa está começando a sair de controle. Os partidos procuram censurar toda notícia que não é de seus interesses. Mordaça, não. Contrário a qualquer forma de censura, o escriba baionense manifesta total solidariedade à jornalista Franssinete Florenzano.
Um comentário:
É por isso que sou contra a obrigação do diploma de jornalista. Tem gente que tem diploma até de advogado, mas continua achando que liberdade de expressão tem alguma coisa a ver com falar, e escrever, o que vem a cabeça. Pisou na bola a Franssinete e dá uma furada o Gerson ao defendê-la.
Vocês pensam que enganam quem? Um monte de estilo e argumento pra defender a colega que errou feio. O blog não saiu do ar, mas o que foi solicitado para sair foi o post que tentava prejudicar, de maneira maldosa, a outra parte envolvida.
Franssinete, primeiro o Orly, agora o Puty. Te decide, mana.
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