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domingo, 15 de agosto de 2010

Açaí e caranguejo no cardápio da Folha de São Paulo

Açaí e caranguejo, dois itens essenciais da nossa gastronomia, são destaques da Folha de São Paulo deste domingo, em matérias no caderno Cotidiano, assinadas pelo correspondente João Carlos Magalhães.

No texto sobre o açaí, Magalhães revela que depois de entrar na moda até fora do País, o açaí está rareando na mesa dos paraenses mais pobres.


“Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o litro do açaí no Pará, que custava R$ 1,50 em 1994, subiu 650%. Hoje, chega a custar mais de R$ 11”

A matéria diz que o Dieese atribui a explosão do preço ao "aumento gigantesco da demanda, que ultrapassou em muito a capacidade de produção".

"Antes uma fruta de consumo apenas local, há cerca de dez anos seu gosto invadiu as academias e praias de São Paulo e do Rio, o mercado dos EUA e a Europa".


A matéria diz ainda que entre as celebridades que aderiram ai consumo de açaí está a apresentadora americana Oprah Winfrey, já eleita a "mulher mais influente do mundo".


"Nos últimos dois anos, Winfrey "bombou" a "comida supersaudável", como o açaí foi apelidado por médicos dos EUA, em seu programa de TV e em seu site”.

Em outro texto, Magalhães conta o fato de o caranguejo estar sumindo dos restaurantes do Pará por questões sanitárias.

Você pode ler as duas matérias aqui (apenas para assinantes)

4 comentários:

Meu ponto de vista... disse...

Duas situações a se destacar. A primeira é em relacao ao preço do açaí, lembro que logo que começou esta onda de exportaçao do açaí, embora o discurso fosse de que nao haveria alta nos preços, p/ quem entende um pouco das coisas sabe como o capitalismo funciona. Outro ponto a ser destacado é como as industrias locais de exportaçao e cultivo de açaí em mais de meia década desse "buumm do açaí" ainda nao se modernizaram para tentar atender a maior parte do mercado.
É triste ver que hoje em dia, aqui em Belém, açaí tá virando iguaria de luxo na mesa do povo que sempre amou esta fruta divina da natureza.
O mais triste ainda é ver que este mesmo povo que antes pagava 2 reais pelo litro de um açai de qualidade hoje, so para nao ficar sem o seu bom vicio, ter que pagar 3 reais por açai de pessima qualidade como os que sao vendidos em barracos insalubres nas periferias da cidade e que ainda trazem de brinde doença de chagas.
Realmente triste isso ! E quando estive no Rio de Janeiro tomei isto a q eles chamam de "açaí" mas nem de longe se compara com a poupa verdadeira que so encontramos aqui em Belém.

Flávio Costa disse...

Querida Rita
O grande problema é o seguinte, o caboclo lá do meio do mato, já está sendo abordado por intermediários, que "patrocinam" a colheita e pagam preços irrisórios pelo fruto.
O açaí em Belém está caro,concordo, mas isso também se deve á busca pelo lucro maior...Tem muito açai, principalmete depois ue a indústria do palmito recuou, tem açaí pra todo mundo, só falta botar ordem.

Anônimo disse...

Gente preguiçosa embarca em canoa furada.Quem gosta de de prato feito e não diversifica suas fontes, acaba repetindo velhos chavões e reproduzindo o discurso único. O Dieese é um instituto de um homem só. Faz pesquisa desde a quantidade de pessoas no Círio até sobre itens da nossa economia. Mas o responsável pelas ditas pesquisas esquece que o açaí velho de guerra sofre elevação de preço na entressafra, que vai de janeiro a junho. A oferta cresce e o preço baixa, de julho a dezembro. O que se exporta ainda é insignificante perto do que se produz. E mais, depois que a Embrapa desenvolveu a Cultivar Pará, a partir de amostra de açaí do município de Chaves, tem muito plantio racional de açaí. Isso é que o Dieese não consegue medir. E fora isso, o manejo dos açaizais nativos tem melhorado a produtividade das toceiras. A Emater e a Sagri tem trabalhando intensamente junto aos pequenos produtores e boa parte da população ribeirinha já sabe que em cada touceira não deve ter mais do que quatro árvores. Outro elemento importante que deve ser levado em conta é que até uns dez anos atrás, açaí era consumido mais pela população pobre. Mas hoje o suco da fruta invadiu a mesa da classe média em diante, aqui no mercado interno. Todos esses fatores precisam ser levados em conta antes que alguém se arvore, no chutômetro, a dizer que a causa do aumento do preço é a exportação.

Anônimo disse...

Tenha vergonha antes de vir aqui postar cretinices sobre o DIEESE, estamos em agosto e o açaí continua caríssimo,ou vc não mora aqui.
Ô idiota o que o DIEESE - Roberto Senna - aponta é exatamente isso, demanda enoooorme produção pequeninininha.
Cadê incentivos, cadê investimentos de massa, cadê indústria local, cadê governo meu irmão, incentivando a indústria?