Esse filme, delicioso, mistura culinária francesa, internet e o principal: fala sobre buscar um sentido naqueles momentos em que a vida parece não tê-lo.
Meu namorado me deu esse filme de presente. Disse que era a minha cara, principalmente quando eu falo sobre a minha vida sem me dar conta da dimensão que o blog tem. Acho que ele tem razão.
A ruptura bruta. Uma cutilada na casca. - Bem no alvo! Nenhum gemido de funeral. Uma boca larga de sete palmos; E sorriso extravasado Esperando o troféu despencar.
A barragem verde macia Rompida. Veia sofrida, corrompida: primeiro uma lágrima viscosa; Um cheiro de morte e vida. Desce do alto uma biqueira, Uma ruptura bruta Para despejar Um sorriso largo Na boca larga Escancarada como comporta.
Canivete: fatia suave rescende. O sangue já maduro suja o asfalto; E não era bílis, porém amarelo.
Correram para ver O corpo no chão carbonado. O sangue todo derramado, Agora filete amarelo. A manga jaz-e-não-jaz, Pois já revive na boca larga Que sobre ela (sobre)vive E se farta.
Do alto as outras assistiram tudo E nem chamaram a polícia E um jazz desce pela janela ao alto: Festivo funeral afinado insiste Sobre o que não mais existe. Um réquiem Para o antepasto que se espalha. O sangue amarelo brotando Pela fenda aguda na barragem. Enlameando os dentes.
E do alto, bala que não mata. Escapei da manga-rosa.
3 comentários:
Meu namorado me deu esse filme de presente. Disse que era a minha cara, principalmente quando eu falo sobre a minha vida sem me dar conta da dimensão que o blog tem.
Acho que ele tem razão.
CIDADE MANGÍFERA
(OU MANGA ROSA)
A ruptura bruta.
Uma cutilada na casca.
- Bem no alvo!
Nenhum gemido de funeral.
Uma boca larga de sete palmos;
E sorriso extravasado
Esperando o troféu despencar.
A barragem verde macia
Rompida.
Veia sofrida, corrompida:
primeiro uma lágrima viscosa;
Um cheiro de morte e vida.
Desce do alto uma biqueira,
Uma ruptura bruta
Para despejar
Um sorriso largo
Na boca larga
Escancarada como comporta.
Canivete: fatia suave rescende.
O sangue já maduro suja o asfalto;
E não era bílis, porém amarelo.
Correram para ver
O corpo no chão carbonado.
O sangue todo derramado,
Agora filete amarelo.
A manga jaz-e-não-jaz,
Pois já revive na boca larga
Que sobre ela (sobre)vive
E se farta.
Do alto as outras assistiram tudo
E nem chamaram a polícia
E um jazz desce pela janela ao alto:
Festivo funeral afinado insiste
Sobre o que não mais existe.
Um réquiem
Para o antepasto que se espalha.
O sangue amarelo brotando
Pela fenda aguda na barragem.
Enlameando os dentes.
E do alto, bala que não mata.
Escapei da manga-rosa.
Leiska, parece mesmo com vc
JNP, belo poema, obrigada
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