Pages

sábado, 7 de agosto de 2010

Conversa com Plínio

O candidato do Psol à presidência da República se tornou a grande estrela desta campanha na Internet.
Em maio deste ano, Arruda esteve em Belém.
Tivemos uma longa conversa que foi publicada no Diário do Pará.
Na época - comecinho da campanha - ele já planejava fazer da rede a grande plataforma eleitoral e previa o sucesso que acabou obtendo no último debate da Bandeirante.
A performance motivou uma campanha na rede, encabeçada pelo jornalista Ricardo Noblat, para que as outras emissoras o chamassem.
Segundo o próprio candidato informou há pouco no twitter, a Globo já formalizou o convite.

Para quem não leu e para quem deseja reler, estou postando aqui um trecinho da entrevista.

O senhor sabe que não tem a mínima chance de ser eleito?
Não sei não. O Aécio (o tucano Aécio Neves, governador de Minas Gerais), por exemplo, quando ficou sabendo que eu era candidato disse que ia desistir (risos).


Afinal, onde o senhor pretende chegar com essa candidatura?
Falando sério: evidentemente que todo candidato quer voto, quer vencer. Eu quero vencer e quero voto. Mas tenho senso da realidade. Com os recursos de que disponho é muito difícil.
Só mesmo se houver um fato... O que eu quero é que essa mensagem seja difundida. Tenho um horário de televisão obrigatório.
Como a eleição desperta certo interesse e como é possível que eu vá para os debates o povo vai ouvir.
Em São Paulo foi assim. Em dois dias consegui 500 mil votos graças aos debates. Agora se eu não conseguir ir para o debate, provavelmente, devo ter uma votação baixa.

O senhor anunciou no twitter que não vai aceitar doações de empresários? Como é que se faz uma campanha sem dinheiro?
Olha você mesma falou no twitter... A internet tem sido democrática porque permite fazer uma campanha com menos recursos.
Não vou dizer que não vou precisar de recursos.
Só vim para cá é um gasto enorme. O Brasil tem 27 Estados.


Pois é tem passagens, hospedagem, programa na televisão ...
Até ai nós conseguimos recursos. Há o Fundo Partidário que tem certa importância.
Depois, a gente vai conseguir reunir recursos mínimos para essas coisas com contribuições e fazendo aquilo que sempre foi feito com as finanças da esquerda: vender rifa, pedacinho de bolo em festa.
É isso que eu vou fazer.
Nós vamos ter uma campanha evidentemente pequena pobre, mas a gente acha que dá e, sobretudo, por que a campanha barateou muito.
Veja, por exemplo, a campanha de televisão. Eu vou ter provavelmente um minuto e pouco. Um cidadão que entende disso e que trabalha comigo de graça disse que não e mal.
É um bom tempo.
Vou fazer o seguinte: anuncio o tema, por exemplo, a reforma agrária e aí, aviso que os detalhes estarão no meu site.
Eu acho que dá.

2 comentários:

Nina disse...

Aos 80 anos Plínio tem uma jovialidade que encanta. Fala de maneira tão natural, como se não temesse nem a morte. É um exemplo de ser humano. Qdo eu crescer, quero ser igual a ele. Meu voto é dele.

Sergio Maneschy disse...

Simplesmente amei este velhinho ao ve-lo no debate... meu voto era da Dilma agora é dele... é 50 é Plinio