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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Considerações sobre a "mídia golpista"

A melhor análise sobre esse imbróglio entre governo e a mídia está publicada no Observatório da Imprensa e foi escrita pelo jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto.
Vale a pena ler

A imprensa conspira? Desconfie dos profetas

Existe realmente o PIG, Partido da Imprensa Golpista? Os petistas – seus aliados e porta-vozes – não têm dúvida: existe e age a todo vapor. Mas só conseguiram provar até agora (o que não é pouco) que os principais órgãos da imprensa brasileira não gostam de Lula e nem do PT, que preferem José Serra a Dilma Rousseff, que são conservadores e elitistas, e que defendem acima de tudo seus interesses corporativos. Mas ninguém apresentou uma prova da ação desses veículos de comunicação para romper a ordem legal no patrocínio das suas idéias, que contêm alguma dose de preconceito e má-fé. A democracia é suficientemente elástica para incluí-los na ordem legal como grupos de pressão, agindo às claras ou nos bastidores

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18 comentários:

Anônimo disse...

LULA ESQUECE QUE SE NÃO FOSSE A IMPRENSA, ELE NÃO TERIA SIDO PRESIDENTE.
FOI COM A AJUDA DA GRANDE IMPRENSA, E DA NANICA TAMBÉM, QUE LULA FIRMOU UM PERFIL, UM CONCEITO E A SUA IMAGEM DE LÍDER SINDICAL E POLÍTICO.
NESSA ÉPOCA, ELE NÃO COMANDAVA UM BATALHÃO DE MENSALEIROS, DE ERENICES, FRANKLIN MARTINS, JOSÉS DIRCEUS, PALOCCIS ENTRE TANTOS OUTROS.
ENTÃO, NAQUELA ÉPOCA, LULA ADORAVA A IMPRENSA. COMO ESSA MESMA IMPRENSA NÃO PDOE FECHAR OS OLHOS ÀS TRAMÓIAS DOS PETISTAS NA VIZINHANÇA DOS SEU GABINETE, NÃO PRESTA MAIS.
NÃO SE CONHECIA O LULA ANTIDEMOCRÁTICO NAQUELA ÉPOCA...
MAS É A TAL HISTÓRIA: " QUER CONHECER O HOMEM, DÊ-LHE O PODER" -DIZ O PROVÉRBIO.

Anônimo disse...

Não deixem de ler no portal do Yahoo os artigos do Lúcio Flávio.
O do açaí, no qual o jornalsita tece considerações histórico-políticas sobre a borracha, é excelente. Ontem havia mais de 60 comentários. Alguns desairosos, outros embrutecidos, mas a maioria enriquecendo um bom debate - não extamente sobre o açaí, mas sobre o nosso patrimônio natural que se esvai pelos desvãos da política e da má gestão dos interesses da região, especialmente do Pará.

. disse...

Eu sinceramente não acho que se trate de um imbróglio entre o "governo e a mídia". É um problema de toda a socidade.

Anônimo disse...

Cara Rita

Não podemos tergiversar. O Presidente da República disse algo que de fato é certo. A Imprensa tem lado, partido e candidato. Por isso não pode julgar-se imparcial. A impresna deveria, sim, assumir essa condição. Veja Rita, isso é uma situação que não é específica nem aqui nem agora. É só ler o belo romance histórico de Gore Vidal, sobre a eleição do centenário da independência norte americana.. Ele relata como atuava a imprensa, resguardando os interesses dos grupos políticos e econômicos a qual pertencia.
Aliás, o personagem central do romance, ele mesmo, é contratado para "cobrir" as comemorações do centenário, mas com a incumbência de apoiar a formação da opinião na disputa eleitoral.
Alguem pensa, cara Rita, que esse expediênte é coisa dos EUA de 130 anos passados? Certamente os meios são outros, mas a mídia e os fins que cumprem não.
Veja bem. Deixando claro, essa intervenção da "mídia", mesmo para cumprir os fins econômicos, políticos e ideológicos não midiáticos, como é o caso do Romance histórico, e da cotidiano de O liberal,m Diário, etc, Folha, Veja, O GLobo, é um direito decorrente da liberdade, liberdade política, liberdade ideológica e especialmente de liberdade econômica. Para ser mais preciso, a liberdade do grupo familiar e econômico para manter vital o seu próprio produto econômico, o meio de imprensa.
Como tal, cara Rita, deve ser protegido pelas Instituições. Por isso é protegido pela Constituição.
O que ressalto é que a apresentação desse direito com o postulado de imparcialidade já quarda uma distância, já é uma fantasia que não faz bem a saúde da democracia, porque, na expressão de Castoriadis, tende a transformá-la em uma caracatura, eum uma imagem distorcida de seu real significado.

Penso que os bons jornalistas, realmente preocupados com o significado dos processos de mídia, devem aproveitar a pauta oferecida pelo presidente Lula e aprofundarem a reflexão ética sobre o alcance real dessa vital atividade à sociedade política.

Um grande abraço
Paulo Weyl

Itajaí disse...

Rita,
Um golpe é constituído de várias fases, para serem implementadas no tempo certo e na medida certa. Aquelas provas que você reclama são, portanto, as últimas a serem produzidas pelos golpistas, no momento imediato de tomada do poder.Este é o enredo clássico.
Quando analisamos o assunto de golpismo midiático, sempre presente na fase de agitação das massas, devemos lembrar das palavras de Umberto Eco sobre a democracia: é "um regime no qual, para permitir que todos falem, é preciso deixar falarem também os insensatos, e até os cafajestes". Assim, aão custa nada a sociedade ficar sempre de olho nesses últimos, pois destes dependerá o comportamento daqueles.

Anônimo disse...

Fica entendido que:
- mídia que divulga assuntos nada simpáticos ao governo, é "golpista".
É o tal PIG- Partido da Imprensa Golpista.
(em que pese, a cada denúncia e/ou divulgação de trapalhadas alopradas, acarretar demissões e renúncias cumpanheras.)

- mídia chapa branca, que divulga ufanisticamente os feitos sem defeitos do governo do grande guia, é uquiá de bão, é a "opinião pública".
Essa seria, então,um PIG também.
Partido da Impressa Governista.

Tamus conversados, sumano?

E viva o LFPinto e seu J.P.!!

Anônimo disse...

Rita, este artigo do Lúcio foi originalmente publicado no bog Estado do Tapajós dia 17 de setembro, portanto há mais de uma semana neste link aqui: http://blogdoestado.blogspot.com/2010/09/imprensa-conspira-desconfie-dos.html

Anônimo disse...

Desviar a questão do papel da imprensa, reduzindo-a a um partido ou coisa parecida, é tentar empanar a questão central: Lula e o seu PT não querem que a imprensa fale nas falcatruas, nas bandalheiras, nas roubalheiras que a equipe palaciana, principalmente, perpetra à luz do Planalto - que embora pareçca mais forte e mais tropical, não consegue esconder a sujeira posta para debaixo do tapete.
Ponto! O noticiário que o próprio PT produz é que incomoda.
Não desviem a polêmica sobre o comportamento do presidente da república, que se manifesta como cabo eleitoral e não como chefe de Estado. É isso que se discute: Lula usa seu poder e o apoio popular para esconder as falhas do governo, a má gestão do dinheiro público, o empreguismo, o assalto à máquina pública pelo partido dele.
E quem mandou a Erenice roubar em pleno período eleitoral?!
A imprensa não pode ficar calada. Tem mesmo é que denunciar as bandelheiras que Ministros promovem com filhinhos e maridinhos. Vejam agora o Ministro da Comunicação. Mais um filhinho corrupto na parada.
Tenham paciência! Se Lula permitiu que a ética e a Cosntiuição Federal sangrasssem nos corredores palacianos, ele agora é que deve sangrar, junto coma Dilma e o PT, nas páginas que ninguém tem o direito de calar. Primeiro, o PT e o seu guia têm que rasgar a Constituição, abolir a liberdade de imprensa; decretar Estado de Sítio; baixar Ato Constitucional; fechar o Congresso.
Mas a cartilha leninista diz ao contrário: primeiro incucar na socieade as novas idéias (ao tempo que se cala a imprensa) porque isso é mais mortal que armas de guerra.
Isso se chama Ditadura.
Mas eles não passarão sobre os cadávres dos democratas autênticos deste país.

Anônimo disse...

Prefiro ficar com as críticas da imprensa do que com as de Lula.
JNP

Anônimo disse...

Os males da democracia se resolvem com mais democracia e não com controles sociais de legitimidade duvidosa. Esta é a lição dos Federalistas e do grande Alexis de Tocqueville.

E não acredito que Castoriadis, um autor que defendeu intransigentemente a liberdade, anuísse com a interpretação que o Prfo. Paulo Weyl dá ao pensamento do grande pensador grego, embora seja especialista no assunto.

Depois, com todo o respeito, não é Lula quem vai "oferecer a pauta" sobre o assunto aos jornalistas, pois ele está, como bem escreveu o grande Lúcio Flávio Pinto, mais para "bom ditador".

Na aparência, os argumentos do professor parecem coerentes; na essência, justificam restrições á liberdade de imprensa. Cá entre nós, Castoriadis ficaria com vergonha de ler tal comentário.

Anônimo disse...

Até bem pouco tempo atrás, e durante um longo tempo, Franklin, Cruvinel e Helena Chagas eras dos principais colunistas de política das Organizações Globo. Hoje, onde estão?
Eu, fosse governo, queria ter uma
mídia golpista assim.

Fernando Bernardo

Helena disse...

Meus tostões sobre a questão:
- Nem Lúcio nem ninguém pode negar - e todo mundo devia lembrar - a origem panfletária e partidária da imprensa brasileira. Tá no DNA.
- É preciso lembrar sempre, por exemplo, dos editoriais dos jornalões nos dias que sucederam o golpe de 64. Latuff fez o favor de colecioná-los: http://ven.to/c8-
- Mas o Lúcio aponta bem no artigo dele que a imprensa não é um monolito que possa ser endemoniado ou endeusado, que existem conjunturas (às vezes mais comerciais do que políticas) que determinam linhas editoriais.
- Vamos combinar que os ânimos estão muito exaltados por causa das eleições. Nessa temporada de paixões exacerbadas, qualquer denúncia contra o governo vira denuncismo e isso é exagero de quem acredita que o Poder mudar de mãos é o fim do mundo.
- Aliás, certas vozes na imprensa parecem acreditar que o poder continuar nas mesmas mãos é o fim do mundo. Nisso os discursos acabam muito parecidos em seus exageros.
- A imprensa apóia um candidato? Acho que vozes na imprensa apóiam sim. Culturalmente, o jornalismo brasileiro (o que se vê nas tvs e jornais maiores) é extremamente etnocentrista, auto-centrado e elitista. Pra mim, isso é pior do que ter dezenas de serristas nas chefias das redações.
- Não podemos esquecer que o governo é a principal torneira que irriga os jardins da mídia e as coisas ao tempo que se acirram em público podem estar sendo resolvidas em privado. O instinto da sobrevivência é muito forte, sabem? Para quem não acredita, é só lembrar quem é a figura humana que foi ministro das comunicações ao longo de todo o governo Lula.
- A vitória da Dilma é irreversível. Ela vai começar o governo com mais ou menos força dependendo do volume de votos e isso tem tudo a ver com o acirramento dos dias que correm.
Se estiver falando alguma besteira monumental me avisem.

Anônimo disse...

Para o Paulo Weyl não esquecer: "Se quisermos ser livres, ninguém deve poder dizer-nos o que pensar." (C. Castoriades).

Anônimo disse...

Mais uma para o Paulo Weyl: "When the press is free, and every man able to read, all is safe." (Thomas Jefferson).

E para os que defendem o controle social da imprensa, cabe a pergunta já feita em Roma antiga: "Quis custodiet ipsos custodes?" ("Quem vigia os encarregados da vigilância?").

Anônimo disse...

Carissima Rita,

Em homenagem ao que está impresso, em não às impressões,recomendo a todos relerem, sem retoques, o que redigi:

a) Deixando claro, essa intervenção da "mídia", mesmo para cumprir os fins econômicos, políticos e ideológicos não midiáticos, como é o caso do Romance histórico, e da cotidiano de O liberal,m Diário, etc, Folha, Veja, O GLobo, é um direito decorrente da liberdade, liberdade política, liberdade ideológica e especialmente de liberdade econômica. Para ser mais preciso, a liberdade do grupo familiar e econômico para manter vital o seu próprio produto econômico, o meio de imprensa.Como tal, cara Rita, deve ser protegido pelas Instituições. Por isso é protegido pela Constituição.

Na sequência escrevi tb:
b) O que ressalto é que a apresentação desse direito com o postulado de imparcialidade já quarda uma distância, já é uma fantasia que não faz bem a saúde da democracia...

Abraços.

Paulo Weyl

Anônimo disse...

Prezado Prof. Paulo Weyl,

Entendemos o que o Sr. escreveu, sim. E o que escreveu deixa claro ser a favor do controle social da imprensa, pois considera que o direito de informar que cabe à "mídia" "já guarda uma distância" da realidade e "é uma fantasia que não faz bem à saúde da democracia". Some-se a isso o seu elogio (ou falta de crítica ao presidente Lula, que agora deu de copiar o presidente Chávez) e chegamos à conclusão inevitável de que o Sr. é a favor do controle social da imprensa.
É uma pena que pense assim.

luis mirnda disse...

galera !
achar que não existe imprensa golpista é acreditar em papai noel.
1- a pouco tempo o grupo orm se juntou a jatene e valeria para assumirem a prefeitura de Belém - foram usadas falsas pesquisas e matérias que comprometiam os adversários.
2- rba e o diário do pará, para justificar o rompimento do PMDB e PT, colocaram todos os aparatos contar o governo do estado. Um fato curioso e que o duciomar, quando pensou sair candidato ou escolher a quem iria apoiar, provou do veneno dos meios de comunicação dos barbalhos.

não existe no Pará e no Brasil inteiro um meio de comunicação que seja democrático, onde as partes tenham o mesmo espaço. se alguém conhece um, por favor mande o endereço.

Anônimo disse...

Prezado Luís Mirinda,


Preste atenção: é claro que os jornais - ou seus donos - têm suas preferências políticas ou ideológicas, mas o remédio para isto, se é que isto é um problema, não é estabelecer certo controle social sobre o que a imprensa publica.

Lembremo-nos que a Constituição é contra a censura e muitos morreram e se sacrificaram para que pudéssemos gozar do ambiente de liberdade hoje existente.

Demais disso, quem exerceria o controle social? Existe alguém o suficiente para exercer tal controle? Me parece que não.

O caso é que os males da democracia se resolvem SEMPRE com mais democracia e não com restrições às liberdades fundamentais (e não vou, aqui, conceituar o que são liberdades fundamentais - é dever de todos saber reconhecê-las).

Em lugar de tentar controlar a imprensa, como sugerem alguns com evidente viés autoritário, devemos, antes, ampliar o ambiente de liberdades fundamentais para que todos possam se manifestar e confrontar suas idéias.

Tenho minhas próprias idéias sobre o que podemos fazer para ampliar tal ambiente, mas a premissa inicial é esta: não cercear, não restringir a liberdade de publicar e opinar, mas criar possibilidades para que todos se manifestem e isto pode ser feito.