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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Agora é oficial: eclusas estão inauguradas






As fotos são de Raimundo Paccó

Nem tudo é festa

A equipe de segurança do presidente Lula se prepara para uma possível manifestação de integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragem, contra o governo, hoje, em Tucuruí, durante a solenidade de inauguração das eclusas.

Tanto que até o final da tarde de ontem, a vinda da presidente-eleita, Dilma Rousseff, era mantida sob sigilo.

Há também grupos no município que reivindicam mais investimentos do governo no município que responde por 10% da energia do País.

Jader explica as razões da renúncia

O agora ex-deputado federal, Jader Barbalho, postou em seu site pessoal informações sobre a renúncia anunciada nesta manhã

"Acabo de renunciar ao mandato de deputado federal por uma questão de princípio. Se estou inelegível, não posso continuar em Brasília.

Fui cassado por um empate. Eu tenho que protestar contra essa decisão absurda do STF e respeitar os votos dos paraenses que me elegeram.

Obrigado ao povo do Pará. Obrigado pelo imenso carinho que recebo todos os dias. Obrigado pelos 1 milhão e 800 mil votos que recebi".

A carta de Jader pode ser lida na íntegra aqui

Em ação



Repórter e fotógrafos (Tarso Sarraf, Lucivaldo Sena e Paulo Santos) no alto da eclusa 1
Todos nós já visitamos essa obra quase uma dezena de vezes.
Assistir à inauguração não deixa de ser emocionante

A foto é de Raimundo Paccó

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

29 anos depois, enfim as eclusas






O dia hoje foi de testes. Amanhã, Lula desembarca em Tucuruí para a inauguração das eclusas.
A obra que começou em 1981, é realmente impressionante.
As fotos foram cedidas ao blog pelo fotógrafo Raimundo Paccó

domingo, 28 de novembro de 2010

Na estrada

Estou arrumando as malas e vou dormir cedo porque deixarei Belém, na madrugada de segunda, rumo a Tucuruí onde Lula inaugura as eclusas que vão devolver a navegabilidade ao rio Tocantins depois de quase três décadas.

Não conseguimos passagens aéreas (os hotéis da cidade também estão lotados) e eu e a equipe vamos enfrentar a viagem de cinco a seis horas de carro para cobrir o evento que será na terça-feira.

Levo na mala meu moden da Vivo e, se tudo funcionar como espero, mando notícias de lá.

O PMDB e o governo de Jatene

Em longa e reveladora entrevista à repórter Ana Célia Pinheiro do blog "A Perereca da Vizinha", o presidente do PMDB, Jader Barbalho fala, entre muitas outras coisas, da possível participação de seu partido no futuro governo de Simão Jatene:

"Eu tive uma conversa com o Jatene, às vésperas dessa viagem que ele fez recentemente. Estivemos conversando longamente, onde ficou acertada a participação do PMDB no Governo. Agora, não ficou acertado aonde, que cargos, nomes, e nem fixamos percentuais. Ficamos de, no retorno dele, discutir, de forma objetiva, qual seria a participação do PMDB no governo. Quer dizer, os espaços, os nomes, nós ficamos de discutir exatamente nesse retorno".


Para ler a entrevista completa, clique aqui

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Empresários paraenses discutem sustentabilidade e desenvolvimento

Da Assessoria do Sebrae

Empresários e líderes de mercado se reúnem em Belém, dias 26 no 6º Encontro Estadual das Micro e Pequenas Empresas, que este ano tem como tema “Os pequenos negócios: sustentabilidade e desenvolvimento”.

“A sustentabilidade é tema central quando se discute o futuro das empresas, em todos os níveis. Daí a importância do Sebrae e parceiros terem priorizado a sustentabilidade nesta 6ª edição do Encontro”, diz Cleide Travares, diretora-superintendente do Sebrae no Pará.

Durante os dois dias de evento, estarão em Belém especialistas em inovação e tendências de mercado. Entre os convidados especiais do Encontro das Micro e Pequenas Empresas estão Ricardo Neves, especialista em Planejamento Estratégico, Inovação e Sustentabilidade; Sílvio Barros, prefeito de Maringá (PR), que apresentará os avanços obtidos pelos municípios e pelas empresas locais com a implementação da Lei Geral e Marcelo Rosenbaum, designer que vem se consolidando no mercado com o uso de tecnologia sustentável.

Serviço:
6º Encontro Estadual das Micro e Pequenas Empresas, de 26 a 27/11, no Hangar Centro de Feiras e Convenções da Amazônia. Informações: www.pa.sebrae.com.br e 0800 570 0800.

Secretariado

Em duas semanas, já deveremos conhecer os primeiros nomes que vão compor o secretariado de Simão Jatene.

Ainda há muita indefinição. É certo que boa parte da equipe antiga deve voltar, mas no grupo, há quem defenda que em alguns cargos-chaves haja nomes novos para dar uma idéia de renovação.

Tempo quente

Depois de uma semana de quase marasmo na política, o clima deve esquentar na semana que vem com o retorno a Belém do governador eleito Simão Jatene.

Na terça-feira, Jatene deve ir à Assembléia, a convite de Simone Morgado, que preside a Comissão de Finanças. Vai falar aos deputados sobre o Orçamento do Estado que tramita na Casa.

Na pauta, devem entrar os projetos que concedem benefícios fiscais à siderúrgica da Vale em Marabá

Também na semana que vem, o Chefe da Casa Civil, Everaldo Martins, e o secretário de Planejamento, José Júlio, devem ir à AL para falar sobre a aplicação dos recursos do empréstimo de R$ 366 milhões, contraído pelo Estado junto ao BNDES.

Isso sem contar que a partir de segunda-feira, começam para valer as articulações com vistas à formação do secretariado de Simão Jatene.

Relatório pede não aprovação das contas de Ana Júlia

Presidente da Comissão de Finanças e relatora das contas do Executivo, a deputada estadual Simone Morgado (PMDB) apresentou relatório pela não aprovação, no plenário da Casa, das contas referentes ao exercício de 2008.

Em longo relatório, Morgado listou 21 itens que considerou irregulares, como desvio de recursos que deveriam ser usados exclusivamente para despesas de capital (investimentos) mas acabaram indo para o custeio (manutenção da máquina)

Os deputados Gabriel Guerreiro (líder do governo), Bira Barbosa (PSDB), Carlos Martins (PT) e Arnaldo Jordy pediram vistas e têm até segunda feira para dizerem se concordam com Morgado ou se vão apresentar votos em separado.

Diante do clima beligerante da AL, a aprovação das contas de Ana Júlia Carepa promete mais uma longa batalha.

OAB vai analisar constitucionalidade de benefícios fiscais à Vale

A ordem dos Advogados do Brasil, secção Pará, entrou na discussão dos incentivos fiscais à ALPA, a siderúrgica que a Vale planeja implantar em Marabá, com investimentos de R$ 6 bilhões.

O projeto de lei que prevê benefícios fiscais ao empreendimento está na Assembleia.
PSDB e PPS propuseram mudanças. O PT diz que as mudanças inviabilizariam o empreendimento.

A mudança proposta pela atual oposição é a retirada dos bens de uso e consumo da lista de itens a serem beneficiados com o diferimento do ICMS.

A OAB quer ouvir as partes envolvidas para avaliar se há inconstitucionalidades na concessão de benefícios fiscais para a cadeia mineral no Pará.

Para isso, convocou uma reunião para o próximo dia 9.

Foram chamados

Carlos Botelho da Costa, Consultor Geral do Estado do Pará;
Gabriel Guerreiro, líder do Governo na Assembléia Legislativa;
Representante da Mineradora Vale S.A;
Deputado Estadual Arnaldo Jordy;
Helenilson Pontes,representante do governo eleito.

“Qualquer operação sem prévia análise, pode gerar prejuízos no sistema tributário estadual, razão pela qual defendo o debate da questão que envolve o diferimento do imposto devido na importação do exterior de bens de uso e consumo, bem como o diferencial de alíquota de ICMS devido nas aquisições interestaduais destes bens, sem esquecer que a matéria não deve desobedecer os limites jurídicos estabelecidos pela Constituição Federal e pela Lei Complementar 87/96 (Lei Kandir), haja vista em seu art. 33, I, o Estado tem a obrigação de devolver o ICMS recolhido pelas empresas (especialmente exportadoras) na aquisição de todas as mercadorias, exceto dos bens de uso e consumo”, justifica o presidente da OAB, Jarbas Vasconcelos no documento distribuído ontem.

Paciência tem limite

Minha paciência com certos comentaristas deste blog está chegando ao limite.
Não, eu não preciso de “boquinha” para sobreviver.

Tenho competência suficiente para me sustentar apenas com o meu trabalho. Tem sido assim há quase duas décadas.

Quem depende de “boquinha” é gente incompetente ou preguiçosa.

Gente que trabalha vende sua força de trabalho e pode se dar ao luxo de exigir e conseguir uma relação respeitosa com os patrões.

Quem não estiver satisfeito com este blog vá despejar suas frustrações em outro lugar (vou me abster de dar sugestões de lugares porque este é um blog de família, razão porque alguns comentários vão parar no lixo).

Aos de bem, uma explicação: até o próximo dia 17, estarei numa missão meio espinhosa que começou com meu “retiro”.

No final, espero trazer (boas) novidades.
Boa sexta-feira a todos.

Dois olhares sobre o imbróglio da Alpa

No blog do professor Fábio Castro, ex-secretário de comunicação do governo de Ana Júlia Carepa


É a primeira grande mancada do governo eleito. O vice-governador eleito, Helenilson Pontes (PPS), passou a manhã de ontem na Assembléia solicitando aos deputados estaduais a não aprovação dos projetos 291/09 e 292/09 do Governo do Estado. Esses projetos regulamentam o tratamento tributário da cadeia produtiva do cobre e de seus derivados.

O risco, tanto da não aprovação como da possibilidade de que certas emendas sejam aditadas aos projetos, é de que as atividades de beneficiamento do cobre deixe de ser atrativa para os investidores, inclusive com a possibilidade de que a Alpa, a Aços Laminados do Pará, um investimento de R$ 6 bilhões, saia do estado.

A Alpa é uma vitória política do governo Ana Júlia, mas, sobretudo, é uma vitória do estado do Pará. É o primeiro passo para a consolidação da tão sonhada verticalização do ciclo mineral no estado. A partir dela, por exemplo, já começava a se instalar no estado a Aline, uma siderúrgica que, a partir do aço laminado da Alpa, se propõe a elaborar produtos de aço galvanizado e a frio. Outra conseqüência da Alpa seria a construção de uma indústria de aço refinado, pela Vale, na Zona de Processamento de Exportação de Barcarena, projeto já em negociação.

Ao que parece, o governo Jatene vai se pautar pela batalha política, pela desconstrução de obras e pela reversão de cenários que, a despeito de poderem ser associados à ação dos seus adversários, são importantes para o estado

No blog do deputado estadual Parsifal Pontes, líder do PMDB na AL

A Assembleia Legislativa discute projetos de lei, de autoria do Poder Executivo, que diferem impostos devidos ao estado dentro da política de incentivos elaborada pela inteligência fiscal do governo que se fina.

Tal política herda o mesmo genótipo das demais dantes geridas aqui e alhures: neste pasto não há lavoura para originalidades, embora os alquimistas do governo queiram fazer acreditar, e eles mesmos continuem acreditando, que reinventaram a roda.
A grita se faz em um projeto: aquele que distribui prendas natalinas, por três décadas, à Vale, pela implantação da ALPA, em Marabá.

A inconsistência jurídica no diferimento do ICMS sobre bens de uso e consumo que o governo concede à ALPA foi o pomo da discórdia.

A oposição enxergou no item não um incentivo, mas uma renuncia fiscal, o que eivaria o texto de inconstitucionalidade, já que o estado não pode cometer renuncia fiscal sem a expressa anuência do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ).

O governo, não desejando dar a mão à palmatória colocou a boca no trombone dizendo que a supressão desta concessão pode inviabilizar o empreendimento.

Há razão no argumento da oposição: diferimento sobre bens de uso e consumo, cujo exercício não gera crédito ao estado, comina uma renúncia fiscal. O fato de a lei estadual defini-lo como diferimento, não lhe empresta tal natureza jurídica.

Não há razão no esperneio do governo, pois a supressão do item não inviabiliza o empreendimento: sequer o ameaça e o barulho nada mais é que festim.
Tanto fez, como tanto faz, a ALEPA aprovará o projeto e a ALPA será implantada em Marabá, pois a sua viabilidade fiscal, financeira, e política foi providenciada a priori, e este triunvirato não tem reversibilidade nos humores locais.

Os movimentos do tucupi apenas emprestam milimétrica margem maior ao empreendimento o que, é claro, não é dispensável por não ser desprezível: a escrita do capítulo que ora se soletra poderá ser facilmente lida por quem souber pesquisar na devida prateleira onde se assenta o livro.
Na verdade, o governo encontrou um pangaré, gentilmente cedido pela oposição, para dele fazer montaria e sair a travar a sua derradeira batalha, aos bufos de prestar contas de quanto está sendo árduo o pagamento da intendência

Bug

Pela segunda vez, um bug passou a pedir aos leitores deste blog um login e senha para a página do governador eleito Simão Jatene.
Para solucionar o problema, tive que excluir, em definitivo, a página da lista de links à esquerda.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Senado vai discutir licenças para Belo Monte

Da Assessoria de Imprensa do senador Fernando Flexa Ribeiro

O presidente da sub-comissão temporária para acompanhar a execução das obras da Usina de Belo Monte, senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) requereu em sessão nesta terça-feira (23.11.2010) a realização de Audiência Pública destinada a discutir as notícias vinculadas na mídia sobre problemas na obtenção das licenças necessárias para permitir o início da construção da hidrelétrica de Belo Monte.

O requerimento foi aprovado pelos membros da sub-comissão e a audiência pública está marcada para a próxima terça-feira (30.11.2010). Serão convidadas as seguintes autoridades: Márcio Pereira Zimmermann – ministro de Minas e Energia; Abelardo Bayma Azevedo – presidente do Ibama; Ubiratan Cazetta – procurador chefe da república no Pará e Carlos Nascimento – diretor presidente do Consórcio Norte Energia.

Agora vai

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva agendou para o próximo dia 30, vinda ao Pará para inauguração das eclusas de Tucuruí.

Amém

Um filme paraense no Festival de Brasília



O Festival de Brasília é um dos mais tradicionais do cinema brasileiro e a presença de um paraense lá deve ser motivo de orgulho para todos nós.

Defesa

A governadora Ana Júlia Carepa usou o twitter para defender os benefícios fiscais à Alpa, tal como está no projeto enviado pelo governo a Assembléia no início deste ano.

Confira aqui

Votação de incentivos à Alpa é adiada, de novo

A atual oposição - leia-se PSDB e PPS – retirou quórum e não houve votação do projeto que prevê benefícios fiscais à siderúrgica da Vale em Marabá.

O PT não aceitou acordo para retirar o diferimento do ICMS sobre bens de uso e consumo (material de expediente, de limpeza, etc) e a oposição não conseguiu votos suficientes para aprovar a emenda, optando assim por obstruir a votação que só será retomada na próxima terça-feira.

Até lá, há tempo suficiente para que o governador eleito, Simão Jatene converse com o pessoal da Vale e defina se a mudança inviabilizaria de fato o projeto como argumenta o atual governo.

Azedou?

Em Brasília, Simão Jatene reclamou da falta de transparência do atual governo e disse que a transição não segue “a sintonia esperada”.

A declaração foi feita a respeito da lista de obras inacabadas, um dos itens pedidos no ofício enviando ao atual governo e que ainda não teria sido respondido. O tom de Jatene contrasta com o clima, até agora, aparentemente amistoso entre as equipes de transição.

As declarações causaram desconforto em Belém.

Novo governo quer restringir incentivos à Vale

Um dos fatos mais importantes da transição está se desenrolando na Assembléia Legislativa do Pará e vai definir as bases da relação do novo governo com a Vale, a maior empresa a atuar em solo paraense.
Está na pauta de hoje na AL o projeto que garante benefícios fiscais à siderúrgica que a empresa planeja implantar em Marabá.
O novo governo quer fazer mudanças na proposta. O atual diz que as alterações podem inviabilizar a siderúrgica.

O ponto de discórdia está na extensão do benefício. O atual governo defende o diferimento (uma espécie de adiamento) do pagamento de ICMS para bens de capital, ativos imobilizados e bens de uso e consumo (material de expediente, por exemplo).
O vice-governador eleito, Helenilson Pontes defende que os bens de uso e consumo sejam excluídos do benefício. Diz que eles estão incluídos nos benefícios da lei Kandir.

A discussão deve ser longa

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Parabéns, senador Nery

Registro com atraso, por causa da meu retiro, a homenagem recebida pelo senador José Nery (Psol) em virturde de sua luta contra o trabalho escravo no Brasil.
Nery foi um dos agraciados pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) com o Prêmio Direitos Humanos, que está na 16 edição.
O Prêmio é a mais alta condecoração do Governo Brasileiro a pessoas e entidades que se destacaram na defesa, na promoção e no enfrentamento e combate às violações dos Direitos Humanos em nosso país.

Para quem não sabe trabalhei dois anos em Brasília na assessoria do senador Nery. Acompanhei de perto essa luta. Vi e ouvi depoimentos de vítimas em viagens a Marabá, no Pará, e Açailândia no Maranhão.
O grande mérito de Nery foi ter conseguido reunir em torno do tema uma série de entidades que formaram uma Frente Nacional que reúne de juízes do trabalho a atores e atrizes globais.
Com a saída de Nery do Senado a causa perde seu mais importante porta-voz no
Congresso.
Vamos torcer para que, entre os novos parlamentares, haja alguém que se sensibilize com o problema que ainda hoje envergonha qualquer brasileiro minimamente preocupado com os direitos humamos.

Parabéns senador

Ana Júlia começa repasse de números para Jatene


Da Agência Pará

As primeiras informações sobre a administração estadual foram entregues pelo secretário de Governo, Edilson Rodrigues, coordenador da transição administrativa por indicação da governadora Ana Júlia Carepa, ao coordenador da nova gestão, Sérgio Leão, indicado pelo governador eleito Simão Jatene, na tarde desta segunda-feira (22), no Centro Integrado de Governo (CIG). Foi a segunda reunião de trabalho realizada entre os coordenadores da transição.


Os dados repassados por Edilson Rodrigues representam cerca de 50% da lista apresentada por Sérgio Leão. Foram entregues cinco caixas contendo documentos da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças (Sepof), Secretaria de Estado de Administração (Sead), Procuradoria Geral do Estado (PGE), Instituto de Gestão Previdenciária do Estado do Pará (Igeprev) e Banco do Estado do Pará (Banpará), além da relação dos conselhos e colegiados ligados a todos os órgãos do Estado e os valores e cronogramas de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) federal e do PAC no Pará.


Sobre o programa de ajuste fiscal e orçamento, os dados esclarecem sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (2011), avaliações da Secretaria do Tesouro Nacional sobre o desempenho do Estado nos programas de ajuste fiscal de 2007 a 2009 e as negociações para a compensação da desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) decorrentes da Lei Kandir, entre outros assuntos.


Quanto ao pessoal do Executivo, os dados são referentes ao cumprimento do termo de ajuste de conduta assinado com o Ministério Público do Trabalho para o distrato de servidores temporários, a relação dos concursos públicos realizados de 2007 a 2010, o relatório dos precatórios da administração direta e indireta e aqueles que estão pendentes de pagamento.


Em relação à previdência social, Edilson Rodrigues repassou a relação de benefícios concedidos de 2007 a 2010, a evolução de beneficiários nesse período, os precatórios pendentes de pagamento, o sistema de informações da Previdência Estadual e a manutenção da folha.


Coletiva - Após a reunião ocorrida a portas fechadas, os coordenadores concederam entrevista, na qual Rodrigues informou que ainda há 700 servidores temporários no Estado e a situação dos precatórios aguarda um desfecho judicial, para que seja definido o valor a ser pago na folha suplementar, montante que pode variar entre R$ 12 e R$ 40 milhões.


O secretário de Governo adiantou que o restante das informações solicitadas está sendo consolidado e será entregue no menor tempo possível. Sérgio Leão disse que avaliará os dados recebidos e solicitará mais esclarecimentos, se necessário.


A próxima reunião dos coordenadores ainda não tem data marcada

sábado, 20 de novembro de 2010

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

À Link o que é da Link: Glauco Lima responde a Edson Barbosa

Interrompo, de novo, meu recesso para postar uma carta que recebi, via e-mail, do publicitário Glauco Lima sobre sua participação na campanha de Ana Júlia Carepa

Publico na íntegra

"Eu tinha decidido não falar nada sobre a campanha de comunicação de Ana Júlia em 2010. Tinha deixado isso para bem depois, para quem sabe quando, distanciado do calor eleitoral e da fogueira de emoções, talvez eu fizesse um relato do que eu vi, ouvi e vivi, nesta que foi uma das experiências mais angustiantes dos meus 25 anos de atuação em propaganda e marketing.

Mas a referência feita pelo senhor. Edson Barbosa em entrevista ao jornal Diário do Pará, no dia 15 de novembro de 2010, me obriga a fazer um esclarecimento. Na entrevista, o presidente da Link Propaganda sugere ou deixa entender que eu atuei como Diretor de Criação na campanha, o que é uma inverdade absurda e, no mínino, um desrespeito ao verdadeiro diretor e coordenador de criação, o senhor. Theo Crus Neto, que tinha todos os amplos e totais poderes de dirigir a criação e atuar como estrategista, redator, criador de jingles, interagir com a governadora e seus principais assessores.

Se a campanha da Link foi tão boa, ele deveria destacar o nome de Theo Neto e o próprio nome dele, Edson Barbosa, já que Theo não cansava de repetir quase como um mantra, “ nessa campanha o marqueteiro, quem dá a palavra final, quem decide o que sai e o que não sai, é o Edson Barbosa”.

Quero deixar bem claro que não estou me isentado, me excluindo ou me eximindo de envolvimento nesta campanha. Assumo e confirmo que atuei, que procurei colaborar em tudo o que esteve ao meu alcance. Mas é inaceitável que só agora, depois da derrota eleitoral, os nomes dos profissionais locais sejam lembrados assim, para dar um verniz de integração com os nativos, quando o que se viu na campanha foi um comando centrado na Link, com seus executivos ocupando todas as posições decisórias e definindo os rumos tanto na pré-campanha, de março a junho de 2010, como na campanha em si, de julho a outubro.

A declaração de Edson Barbosa me obriga a fazer um relato da minha atuação neste trabalho que tentou reeleger Ana Júlia para o Governo do Pará. Para mim, a campanha começou em outubro de 2009, quando fui chamado pelo consultor Paulo Heinneck e pelo secretário de comunicação Paulo Roberto Ferreira, para influenciar mais diretamente na comunicação institucional, já que, embora minha então agência, a DC3 Comunicação, tivesse contrato com o governo, eu nunca tinha participado da definição da propaganda conceitual e informativa do governo.

Atendendo ao pedido de extrema urgência, coloquei no ar uma campanha, que foi de novembro de 2009 a março de 2010. Esta sim eu assumo e assino como Diretor de Criação. Neste período, embora as pesquisas quantitativas feitas por instituto local, já acusassem um pequena melhora na avaliação do Governo, sugeri que era preciso algum reforço, eram necessários estudos qualitativos para avaliar se o rumo estava certo, para fazer ajustes e refinar cada vez mais a campanha.

Mas, para minha surpresa, em março de 2010, fui comunicado da contratação da Link Propaganda, para ser uma espécie de consultora para orientar e definir toda a comunicação do Governo. Eu poderia ter rompido, me desligado do cliente, me afastado diante desta intervenção. Mas acreditei que com o aparato que a Link tinha, com as possibilidades de trazer profissionais experientes, promover pesquisas no Estado todo, investigar mais, com toda a expertise que alardeava, o reforço poderia ser positivo e ajudar no complexo esforço de levar o governo a um bom desempenho eleitoral.

Entendi que pular do barco naquela hora, de um governo já cheio de fragilidades, seria até desleal e continuei, mesmo num papel secundário e muitas vezes terciário, contribuindo para que a comunicação fosse cada vez mais eficiente.

A Link tinha o respaldo das pesquisas, de seus profissionais seniors, teve verba para fazer estudos que eles diziam serem inquestionáveis, que orientaram a escolha da linha “É a vez do Pará, pra você”. A campanha “A grande obra é melhorar a vida das pessoas” foi erradicada, a Link fez questão de não deixar nenhum vestígio do trabalho, mudou tudo e se deu ao requinte de pedir para que fossem tiradas até placas, como as colocadas perto de obras como o Ação Metrópole, que diziam “A obra é grande, mas a maior é melhorar a vida das pessoas”. Tudo foi apagado e só prevaleceu o conceito e as idéias da Link.

Já na campanha eleitoral, em julho, a Link tinha ocupado todos os espaços possíveis e imagináveis e estabeleceu o tema, que depois veio se confirmar desastroso até por eles mesmos, o “Acelera Pará”. Quando eu vi esta campanha, em encontro feito em num hotel em Belém, a linha estava determinada, o caminho era aquele e foi vendido como o grande mote para alavancar a candidatura de Ana Júlia.

Quero reafirmar aqui que propaganda tem que ter unidade, que acredito que é preciso ter uma cabeça que estabelece a linha, a defenda e se responsabilize por ela. Uma vez que o comando político definiu que o comandante era Edson Barbosa e sua Link, ou você concorda e tenta ajudar no que está definido ou vai cantar noutra freguesia.

Eu resolvi ficar, colaborar humildemente, fazer minhas críticas dentro, discordar, sem deixar vazar as discordâncias, alertar, muitas vezes banquei o chato, o advogado do diabo. Mas tudo o que eu dizia não era acatado, nada era aproveitado e parecia que eu não conseguia captar tanta inteligência, sabedoria, criatividade e acertos geniais.

Mas a Link era a agência da campanha, o Edson Barbosa foi o engenheiro responsável pela obra. Quero ressaltar aqui que a campanha, boa ou má, fraca ou forte, tem que ser assumida pelos seus autores. O Fernando Pena de Carvalho, Presidente da Digital foi citado e nunca foi chamado sequer para opinar sobre a cor de um cenário. Fazia apenas o que a Link determinava. A Ruth Vieira, paraense, contratada da Link, tinha funções operativas, nunca vi a Ruth numa reunião de comando dando opiniões. Essa coisa de citar as pessoas daqui, só agora, é muito injusto e até revoltante, diante do que passamos nestes meses.

O próprio Maurílio Monteiro pode confirmar tudo isso. Só quem mandava era o Theo, o João Lucas, a Ângela, os altos executivos da Link. Não estou aqui questionando a capacidade destas pessoas, só quero o Edson Barbosa assuma claramente os papéis de cada um e reconheça que tinha em mim e em outros profissionais locais, uma equipe de suporte, chamada para ajudar em assuntos locais, em tarefas obreiras, tanto que a Link me deu um insólito crachá de “Assistente de Coordenação” e agora no jornal vem me chamar de Diretor de Criação.

Outro ponto que quero deixar bem claro é que não sou contra a presença de empresas de outros Estados. Assim como quero que a empresas de comunicação do Pará busquem mercados pelo Brasil e pelo Mundo. Eu mesmo cheguei a sugerir a contratação, em janeiro de 2010, de uma consultoria para nos ajudar no trabalho.

Apesar de tudo isso, fiquei sim na campanha, atendi a pedidos de altos dirigentes do partido, até mesmo da própria governadora Ana Júlia, pessoa a quem respeito muito. Essa campanha, boa ou ruim, faz parte do meu currículo, nunca vou negar, mas não aceito que ocultem ou distorçam a verdade. Se eu tivesse que definir meu papel nesta campanha, diria que fui um produtor mais qualificado, um interlocutor com alguns setores locais, um papel com limitadíssimo espaço de influência, que foi gradativamente sendo encurtado, ao ponto de nas semanas finais eu já quase nem ir na produtora. Mas fiz meu trabalho, evitei atrapalhar, gerar ainda mais crises, talvez tenha falhado em não brigar mais por meus pontos de vista, mas tenho a consciência tranquila que honrei a unidade, o grupo, o cliente que me contratou, mesmo correndo o risco dos desgastes graves que sofri.

Para concluir quero lembrar que sempre falei que a comunicação não pode ser apontada nem como a santa salvadora, nem como a vilã destruidora. Comunicação faz parte de um grande mix e conforme a maneira como é feita, pode ajudar ou atrapalhar. No caso desta campanha, o próprio Edson Barbosa me falou entre o primeiro e o segundo turno, que aqui na campanha de Ana Júlia isso não era bem verdade, porque a comunicação feita pela Link tinha sido mais que comunicação, tinha sido decisiva na gestão, na condução política, nas sugestões para a administração e que por isso teria uma responsabilidade muito maior do que geralmente se atribui ao marketing. Portanto está aí, independente de julgamentos do que foi feito, a Link e Edson Barbosa que assumam suas responsabilidades técnicas e não fiquem querendo repartir a derrota com ninguém, porque eu tenho certeza que não repartiriam a vitória com ninguém que não fosse do seu seleto time".

Glauco Lima

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Chico Cavalcante: a Link é uma fábrica de desculpas

Voltei do meu retiro apenas para postar a mensagem que recebi, por e-mail, do publicitário Chico Cavalcante, em resposta à entrevista com o dono da Link, Edson Barbosa

Atualizado na quarta-feira, 17, às 09h57



Na noite de ontem Chico Cavalcante solicitou que a versão primeira de sua declaração feita a esse blog fosse substituída pela versão abaixo, alegando que a primeira versão continha partes truncadas que prejudicam o entendimento, já que fora escrita às pressas no desconforto de um netbook conectado a rede sem fio de um aeroporto¨.
Faço a publicação com as alterações feitas pelo autor

Vejam o texto na íntegra.



"Publicada na última segunda-feira neste jornal, a entrevista de Edson Barbosa, titular da Link, expõe de maneira cristalina quatro traços dramáticos de seu perfil: a inabilidade profissional, a incapacidade analítica, a indigência intelectual e uma vocação ímpar de fabricar desculpas e terceirizar responsabilidades. Para mediar essas deficiências, sustenta sua retórica na mecânica discursiva de um vendedor de carros usados, sempre descrevendo “perda total” como “pequenas avarias na lataria”.

Furtivo, Barbosa não responde a nenhuma das questões relevantes levantadas por mim em entrevista no mesmo espaço e, de maneira ostensiva, se esquiva de qualquer responsabilidade, deixando na linha de tiro o PT, a governadora, os prefeitos aliados e a coordenação da campanha, que lhe deram cobertura.

Abre sua sucessão de evasivas com uma frase lapidar: “não é o caso de ficarmos pensando apenas por que ganhou ou por que perdeu”. É claro. Ele não perdeu nada. Trabalhou durante um ano para um governo sem ter disputado nenhuma licitação. Entrou pela janela, ajudando a acentuar as deficiências da gestão e a ocultar suas virtudes e feitos, ganhando rios de dinheiro para isso. Para isolar o peso de sua culpa, afirma que os motivos da derrota “são variados”, o que é uma obviedade da qual deveríamos todos ser poupados.

Quaisquer dos envolvidos em um processo eleitoral sabem que uma eleição não é “uma gincana”, por isso dão ao pleito a importância que deve ser dada e à comunicação o caráter central que de fato ela tem. E essa importância não diminui quando se perde. Ao contrário. Exige maior rigor na análise dos elementos que levaram a esse resultado, especialmente quando se trata de uma candidatura ancorada numa aliança de 14 partidos, alicerçada na máquina de governo e sustentada por um governo federal exitoso contra um adversário em inferioridade de tempo e baseado em uma aliança de forças políticas restrita, como aconteceu aqui.

Ao atribuir a derrota “às disputas na gestão [que] deixaram vulnerável a figura da governadora e geraram dificuldades para que as pessoas percebessem o governo”, Barbosa tenta tirar de si qualquer papel pelos resultados. Mas não consegue se eximir de responsabilidade pela comunicação do governo, que comandou com mão de ferro ao longo de todo o ano de 2010, ignorando inclusive a existência de contratos de prestação de serviços que o governo tinha com oito agências locais.

Como um cachorro que caiu na mudança, Barbosa revela sua inapetência profissional ao admitir que não sabe exatamente o que aconteceu aqui: “a minha sensação”, afirma ele, “é de que, no Pará, o processo é feito em cima de personalidades e não de projetos”. Ou seja, há especificidades que ele não compreende nem domina, embora jamais tenha tido a humildade de admitir isso antes dessa entrevista. Mas também não entende o escopo geral, que eleição não é uma disputa de projetos, de propostas ou de personalidades, mas sim uma disputa entre argumentos de votos e que vence quem convence o eleitor a reproduzir seu argumento de voto de maneira consistente e extensiva e que a comunicação é peça-chave nesse processo.


A análise evasiva de Barbosa briga com os fatos. A frase “a eleição foi pau a pau” descreve uma realidade outra, que não a do pleito de 2010 aqui. Sensação que se amplia na assertiva “se no domingo, antes da eleição, Jader tivesse batido na mesa e declarado voto em Ana, as coisas poderiam ter sido diferentes”, sem levar em conta que os elementos que afastaram a possibilidade de aliança com o PMDB não se resolveriam por um passe de mágica. Ao mesmo tempo, nada diz da ratada que cometeu ao fazer uma abordagem descuidada de questões relevantes, como as do Hospital de Ipixuna e da Fábrica de Chocolate, elementos que geraram perda de votos e aumentaram a rejeição de sua cliente.

Ao defender-se de montar uma equipe que não entendia a realidade do estado, Barbosa mais uma vez se ausenta, ao dizer que a área de jornalismo estava com Ruth Viera, a Produtora de imagem era a Digital, do Fernando Pena de Carvalho e o diretor de criação da campanha seria Glauco Lima, ex-DC3. Tal afirmação é pura deslealdade. Das 126 pessoas que formavam a equipe da Link em Belém, eram as 25 de fora que tinham posição de mando. Nenhuma das pessoas citadas por Barbosa efetivamente tinha o comando das áreas citadas.


Instado a responder diretamente às críticas feitas por mim, Barbosa não o fez. Ao invés disso, tentou me incorporar ao comando kamikase que dirigiu, ao afirmar que eu teria dito “tudo que queria”, “sem censura” e que minhas proposições teriam sido recusadas “pelo cliente”. Isso, definitivamente, não aconteceu.

Faltando 10 dias para a eleição no primeiro turno, compareci a uma única reunião na Digital na companhia de João Batista, Marcos Oliveira e André Farias, da coordenação da campanha, a convite da presidência do PT local. Na cabeceira da mesa, sinalizando poder de mando, Barbosa abriu a reunião apresentando uma pesquisa que dizia que Ana Júlia crescia e que tudo o que ele estava fazendo era o que deveria ser feito, que a base da comunicação ruim que fazia era “científica” e que as críticas eram equivocadas, infundadas, baseadas em pura “ignorância”.

Nessa única intervenção que fiz ao longo de toda a campanha, relatada na entrevista ao Diário, apresentei proposta que incluía uma remodelação do conceito de campanha, a alteração de conteúdo, do modo de apresentação da governadora na TV, de regionalização das inserções e de configuração diferenciada para o programa de rádio, de acordo com o que definira o PT em reunião realizada dias antes desse encontro na Digital. Barbosa então teve um ataque de nervos. Gritou, bateu na mesa, disse que ele estava “salvando Ana Júlia”, que a governadora estava desacreditada por todo mundo antes dele chegar aqui ; disse ainda que fazia a campanha de Paulo Rocha “de graça” e que o candidato tinha “problemas”. De maneira deliberada, tomou a diretriz de esvaziar a reunião, falando durante quarenta minutos seguidos. A reunião esvaziou porque todos ali tinham mais o que fazer do que ficar ouvindo suas desculpas e destemperos.

No dia seguinte, notas comprometedoras surgiram nas colunas de jornais locais, dando a entender que eu estaria assenhorando-me da campanha, numa clara iniciativa para me antagonizar com a coordenação de campanha. Tomei, desde então, a decisão de silenciar e assim o fiz até o momento posterior ao pleito.


Agora como na campanha, Barbosa segue manipulando informações e torturando os números. Atribui a si a votação de Paulo Rocha e a ida sofrida de Ana Júlia ao segundo turno, assim como o crescimento de Ana Júlia de 36 pontos para 44 pontos no segundo turno, sem levar em conta os dados históricos de votação da legenda e a reacomodação inercial de votos à esquerda na própria sociedade, ignorando que sem o crescimento surpreendente do PSOL Ana Júlia não teria ido nem para o segundo turno. Dizer que Ana “venceu o segundo turno” porque cresceu oito enquanto Jatene foi de 49 para 54, “crescendo apenas cinco” além de delirante, não leva em conta que o PT tem potencial para partir de cerca de 1/3 dos votos no Pará seja qual for o candidato e que Jatene já teria votos suficientes para liquidar a fatura na primeira volta não fosse a performance surpreendente de Fernando Carneiro.

Incapaz de autocrítica, Barbosa caracteriza o Titanic que comandou como “uma experiência técnica extremamente qualificada”. E não pára de delirar. Atribui a si o governo Lula ter sido reconhecido no Pará, Dilma ter vencido no estado e arremata com a mãe de todas as desculpas: “a comunicação não ganha nem perde eleição”.


Se for verdade que comunicação não ganha nem perde a eleição, por que os custos de comunicação são os mais altos item a item no mix de uma campanha eleitoral? É verdade que comunicação sozinha não ganha eleição, mas pode sim ser um elemento ativo na derrota. Aqui, foi um fator de peso. Na verdade, uma campanha eleitoral é toda ela, comunicação. Cada ato, cada gesto, cada imagem, cada palavra só vale se comunica o conceito. E que conceito a Link quis comunicar? Barbosa não sabe.


O dono da Link diz que minhas críticas me “diminuem” como profissional porque seriam “críticas descuidadas” de uma realidade que não estudei. Não são. Tomam como referência o conhecimento que tenho da realidade local, dos agentes políticos em contenda e das ferramentas do marketing político, adquiridos não apenas por formação teórica, mas também por 25 anos de atividade no setor. Tampouco tais críticas me diminuem. Ao contrário, me situam como um agente ativo no processo mesmo estando ausente de uma intervenção prática nas eleições majoritárias no Pará em 2010. Quem sai menor dessa campanha é Barbosa e sua empresa, que chegaram aqui como salvadores da pátria e saem como coveiros de um sonho que o PT lutou 30 anos para realizar.

A entrevista de Edson Barbosa não deixa dúvidas: a Link não passa de uma grande fábrica de desculpas".

Vou ali e já volto

Aproveitando que nesta semana – como diria um coleguinha – “o movimento está meio parado”, consegui uns diazinhos de folga do jornal e vou parar também as atualizações do blog.

Vou aproveitar para colocar a leitura em dia, ver alguns filmes e ir ao teatro (preciso muito desse livro, onde consigo?).

Manterei a moderação de comentários por isso fiquem à vontade.
A casa é de vocês, mas comportem-se, viu! A tia está de olho.
Volto na próxima terça-feira, 23.
Inté

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Edson Barbosa da Link: Brigas internas não deixaram o governo ser reconhecido

Após a entrevista com Chico Cavalcante, a lógica mandava procurar Edson Barbosa da Link para ouvi-lo, sobre as críticas feitas pelo marqueteiro paraense.
O contato foi feito no meio da semana passada. A entrevista foi meio por telefone, meio por e-mail. Enviei para Barbosa as perguntas que gostaria que ele respondesse e, depois, tivemos uma longa conversa por telefone.
Barbosa não escondeu certa mágoa com as críticas. Contou um pouco dos bastidores da campanha e, pela primeira vez, expôs publicamente os problemas de imagem que, segundo ele, Ana Júlia Carepa, enfrentava quando a Link desembarcou no Pará em março deste ano, quatro meses antes da convenção que sacramentaria a candidatura.

Leia a entrevista aqui



Clique na imagem para ampliar

sábado, 13 de novembro de 2010

O marqueteiro da vitória

Depois da entrevista com Chico Cavalcante, publicada no domingo passado, comecei a ouvir de alguns leitores, com justa razão, reclamações pela falta, até então, de uma entrevista com Orly Bezerra que, afinal, comandou a campanha vitoriosa de Simão Jatene.

No domingo passado, a Folha de São Paulo, por exemplo, publicou extensa entrevista com João Santana, o marqueteiro de Dilma Rousseff.

A reivindicação de uma entrevista com Orly foi imediatamente aceita pelo diretor de redação do Diário do Pará, Gerson Nogueira, que pautou Bezerra para este domingo.

Marquei a entrevista para a manhã da última quarta-feira, na sede da Griffo.
A conversa durou quase duas horas e meia. Orly respondeu sobre tudo. Deu um trabalho danado selecionar os principais trechos. Seria necessário um caderno inteiro para publicar toda a entrevista, mas espero que o trecho publicado traga um retrato fiel da nossa conversa.

Minha última pergunta, já com o gravador desligado, foi sobre se Orly manterá o excelente Doca Speto (onde eu praticamente bato ponto) após a vitória de Jatene. Ele contou que o bar/restaurante é um empreendimento familiar e garantiu que será mantido sim.



A entrevista está na edição de domingo do Diário que já está nas ruas. Clique na imagem para ampliar

A vida é bela, mas não é fácil




Para todas as mulheres que matam um leão por dia, sempre com bom humor
Nesta vida, a gente tem que ser muito dura na queda mesmo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fraudes ambientais levam 9 para a prisão

No Diário On Line

A Polícia Federal realizou no início da manhã desta sexta-feira (12), a operação “Térmita”. A ação tinha o objetivo de desarticular um grupo de pessoas que vinha cometendo crimes ambientais no Estado.

Cerca de 70 policiais Federais do Pará participam da ação, cumprindo nove mandados de prisão, sendo seis preventivas e duas temporárias em Belém e Fortaleza, além de oito mandados de busca e apreensão expedidos pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais da Justiça Estadual de Belém, na Capital Paraense, e nos Municípios de Dom Elizeu, Ulianópolis e o Distrito de Mosqueiro.

A ação criminosa consistia de fraudes em processos ambientais, como: solicitações de vistorias, pedidos de licenças e cadastramento, solicitações de operações e outros procedimentos de cunho ambiental.

Os presos, seis homens e duas mulheres, serão encaminhados ao sistema penal, local onde aguardarão decisão da Justiça Estadual. Entre os presos estão quatro empresários, um advogado e quatro servidores
estaduais. (Ascom/PF)

Elque? Quem é?

A jornalista Mônica Bergamo fez uma entrevista antológica com o homem do Baú, Silvio Santos.
Como todos sabem, o apresentador anda de pires na mão depois que descobriu um rombo de R$ 2,5 bilhões no Banco Panamericano, de sua propriedade.
Divirta-se


MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA

O empresário Silvio Santos atendeu ontem à noite, em sua casa, a um telefonema da Folha. Ele disse que, se alguém pagar o que ele deve ao FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que emprestou à sua holding dinheiro para cobrir o rombo do banco PanAmericano, pode comprar o SBT. Leia entrevista.

Folha - Eu gostaria que o sr. desse uma palavra para o público sobre tudo o que está acontecendo no banco.
Silvio Santos - Não posso porque eu assinei um termo de confidencialidade. Eu assinei um termo de conf... confidencialidade... é até difícil de falar! Não posso comentar nada. Só quem pode falar é o Fundo Garantidor de Crédito.
O sr. se encontrou com o Lula. Falou com ele sobre isso?
Que Lula?

O presidente.
Estive com ele falando sobre o Teleton [programa que arrecada recursos para a AACD]. Ele está me devendo R$ 13 mil [risos]. Tive que dar por minha conta porque ele prometeu e não deu os R$ 13 mil [que disse que doaria].
Eu falei para ele: "Se você der R$ 13 mil, a Dilma pode ganhar a eleição". Porque é o número dela, não é? Não é 13 o número da Dilma? "Pode ser que Deus te ajude e ela ganhe a eleição."

E ela ganhou do mesmo jeito.
Mas aí é que tá: agora tô preocupado [risos]. Ele fez a promessa e não cumpriu.

E o senhor votou nela?
Eu estou com 80 anos. Você acha que eu vou sair de casa para votar? Vou votar é em mim mesmo aqui em casa.


E aquela história da bolinha [reportagem do SBT afirmou que o candidato tucano, José Serra, foi atingido, numa manifestação, por uma bolinha de papel, e não por um objeto mais pesado, como ele dizia]? Todo mundo está falando que o SBT fez a reportagem porque estava com problema no banco.

Mas que bolinha?

A bolinha que caiu na cabeça do Serra.
Caiu alguma coisa na cabeça dele? [risos] Caiu alguma coisa na cabeça dele?

Na campanha.
Ah, não foi hoje?

Não.
Ah, eu não sei desse negócio de bolinha, não. Isso aí, olha, eu não vejo TV. Televisão, para mim, é trabalho. Só vejo filme. Agora que você ligou para mim eu estava vendo a Fontana di Trevi. Você já viu esse filme, "A Fonte dos Desejos" (de Jean Negulesco)? Eu estava vendo agora.

E essa informação de que o empresário Eike Batista quer comprar o SBT?
No duro?

É.
Ah, me arranja! Arranja para mim que eu te dou uma comissão.

O senhor venderia?
Se ele me pagar bem, por que não? Quem é? "Elque"?

Eike, um dos homens mais ricos do Brasil.
Ele é americano? Eike?

Brasileiro.
Não, não conheço. Mas, se ele pagar os R$ 2,5 bilhões que estou devendo, vendo, é claro que vendo. Não precisa nem pagar para mim, paga para o Fundo Garantidor de Crédito. Eu não posso vender nada sem passar pelo Fundo Garantidor de Crédito.

PV punirá infiéis

Com muito trabalho, só agora, vi essa nota no blog do Zé Carlos Lima, presidente do PV e compartilho aqui com aqueles que ainda não leram:

O Partido Verde resolveu abrir procedimento para apurar falta ética de dois parlamentares, o deputado Deley Santos e o vereador Orlando Reis. Os dois parlamentares descumpriram o que foi deliberado na Convenção, órgão máximo da democracia partidária, além de praticar atos que desgastaram a imagem do PV, ferindo artigos do nosso estatuto, inclusive realizando reunião paralela como se fosse um evento oficial do Partido.

A Comissão de Ética, instalada, avaliará as denuncias, dará amplo direito de defesa e depois fará um relatório com sugestões de penalidades à Executiva Estadual, que tomará a decisão final.
Em caso da direção optar pelo desligamento dos parlamentares, haverá, principalmente no caso do vereador Orlando Reis, o desdobramento sobre se deve ou não o PV reivindicar o mandato, pois o mandato, por lei, pertence ao Partido.


Como sou eu o primeiro suplente de vereador, já deixei claro ao PV que não pretendo assumir o cargo de vereador de Belém em decorrência de uma eventual desligamento do titular atual.
Todos os mandatos eleitivos que exerci até a presente data, um de vereador e dois de deputado estadual, foram conquistados democraticamente por meio de votos e pretendo que assim continue.


Ah! e o muito trabalho de que falei lá em cima se deve a duas entrevitas que preparo para as edições de domingo e segunda do Diário que, tenho certeza, valerão muito à pena. Não percam!

Apreensão

No Jornal O Estado de São Paulo, via Hupomnemata

Na avaliação do economista Sérgio Leão, coordenador da equipe de Jatene, a proposta orçamentária pode criar uma "limitação financeira" ao futuro governador. A receita total líquida prevista é de R$ 12,4 bilhões - já deduzida a contribuição ao Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica e Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), no valor de R$ 1,5

As despesas totais somam R$ 10,4 bilhões. Os gastos com pessoal estão previstos em R$ 6 bilhões, enquanto as outras despesas alcançam R$ 4,4 bilhões. Nestes valores, estão considerados os gastos de todos os poderes constituídos, o Ministério Público, a Defensoria Pública e os demais órgãos constitucionais independentes. O problema do orçamento, porém, está nos investimentos. E isso causa apreensão aos técnicos tucanos.

TRE terá centro cultural

Inaugura, no próximo dia 29, o Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará. Belém ganha a restauração de um prédio histórico da primeira metade do século XX, doado pelo Estado à Justiça Eleitoral.

No local, haverá exposição de curta duração de pintores como Di Cavalcanti, Anita Malfatti e Cândido Portinari, painéis sobre a história política do país e exposição de peças antigas, como as primeiras urnas usadas nas eleições do País.

O Centro terá um Café Gourmet e quiosques multimídia intitulados ‘Linha do Tempo’, onde os visitantes poderão, por meio de telas touch screen, saber mais sobre dados eleitorais de 22 cidades paraenses e a História das Eleições.

Reencontro

Ana Júlia, Jatene e Juvenil estão, neste momento, na solenidade de inauguração da nova sede da Federação das Associações dos Municípios do Pará (Famep), em Belém.

A Assembleia é parceira da Famep na empreitada. Um convênio entre as duas instituições possibilitou a inauguração da nova sede, que funcionará em um prédio do Instituto de Previdência da AL.

Na solenidade, o prefeito de Ananideua, Helder Barbalho, que preside a Federação, entregará a Jatene a agenda mínima dos municípios, documento onde consta a relação de obras, de cada município, que os prefeitos querem ver concluídas no próximo governo.

Alô coleguinhas: comunicação Pública em debate

O movimento LutaFenaj!, que reúne jornalistas de todo o Brasil na defesa dos direitos da categoria e propõe mudanças na política conduzida pela direção da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), irá participar do VII Congresso de Jornalistas do Pará, que acontece nos próximos dias 20 e 21, no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém.

Com o tema “Comunicação cidadã. Que sociedade queremos?”, o encontro deverá reunir centenas de pessoas, entre profissionais, estudantes de comunicação e convidados. Promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), o evento também vai marcar os 60 anos de fundação da entidade por meio de uma exposição fotográfica, historiando a trajetória do sindicato ao longo de sua existência.

O jornalista Jonas Valente, secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal e membro da coordenação nacional do LutaFenaj!, será expositor na mesa temática “Comunicação Pública e Cidadania: Direito Social”, marcada para às 9 horas de sábado, dia 20. A mesa terá como mediadora a jornalista Eliete Ramos, diretora do Sinjor-PA, e como debatedor o presidente da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária no Pará (Abraço-PA), Rômulo Gadelha.

Ainda no sábado, serão formadas as mesas sobre “Ética e Novas Mídias”, “Formação e Informação de Qualidade” e “Telejornalismo e Responsabilidade Social”.

O jornalista Alvaro Britto, diretor do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro e também integrante da coordenação nacional do LutaFenaj!, confirmou presença no congresso. Jornalistas paraenses que participam do grupo ou se identificam com suas propostas estarão presentes.

Na avaliação do jornalista Pedro Pomar, que disputou a presidência da Fenaj, em julho passado, pela Chapa 2, a participação de representantes do grupo no congresso do Pará é “uma nova e importante oportunidade para a retomada do processo de debate na categoria”.

Na recente eleição nacional dos jornalistas, o LutaFenaj! venceu no Pará e nos estados de Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Sergipe, e no Distrito Federal. Também foi vitorioso no sindicato estadual do Rio de Janeiro e no sindicato de Juiz de Fora. E obteve perto de 32% dos votos válidos, oito pontos percentuais acima dos 24% conquistados na eleição de 2007.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Em busca de um retrato

Na primeira reunião de trabalho dos coordenadores de transição, o novo governo entregou ofício com pedido de informações.
O documento traz questionamentos em nove áreas:
1) Programa de Ajuste Fiscal
2) Receita Pública
3) Pessoal
4) Previdência Social
5) Dívida Pública
6) Operações de Crédito
7) Política de Fomento ao setor produtivo
8) Pendências decorrentes de convênios e contratos
9) Diversos (aqui, pede. por exemplo, relação de projetos do PAC e cronograma de execução)

Cada item contém uma série e perguntas
O coordenador da transição pelo atual governo, Edilson Rodrigues, diz que os primeiros dados podem ser fornecidos no início da semana que vem. Alguns, ainda precisarão ser sistematizados e devem exigir um pouco mais de tempo.
Sérgio Leão, que coordena a transição pelo novo governo, diz que com essas informações será possível ter um retrato da situação atual do Estado.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Radiolux é alvo de operação por sonegação fiscal

Da Assessoria de Imprensa do MPE

Teve início agora (9h30), uma operação conjunta do Ministério Público do Estado, por meio do Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas (Geproc), Polícia Civil, DIOE e Secretaria da Fazenda, em todas as Lojas do Grupo Radiolux.

O objetivo da ação são denúncias de sonegação fiscal, com irregularidades na arrecadação. Os Promotores de Justiça Milton Menezes e Gilberto Valente acompanham as seis equipes. Uma das lojas fica na Praça do Jaú (Telégrafo).

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Chico Cavalcante responde aos comentaristas

Recebi do publicitário Chico Cavalcante e-mail com algumas considerações sobre comentários feitos no post “Chico Cavalcante diz que a Link foi responsável pela derrota de Ana Júlia”
Publico na íntegra

Rita,
Em respeito a você e aos seus leitores que não se ocultam no anonimato, vou responder pontualmente aqui algumas das questões levantadas por comentaristas anônimos e que procuram, de um modo ou de outro, minar o debate para turvar os fatos ou gerar confusões que buscam me antagonizar com terceiros. Não voltarei mais a esse espaço para tratar desse tema.

1. Sim, EU FIZ a campanha de Ana Júlia em 2006. Tenho todos os recibos de pagamentos assinados pelo diretor de finanças da campanha, o hoje deputado Edilson Moura, que atestam minha atuação na campanha. Posso esfregar carinhosamente esses recibos na cara de quem quiser. PH era o coordenador POLÍTICO de comunicação, como o Aldenor Jr era o coordenador POLÍTICO de comunicação nas campanhas do Edmilson Rodrigues de 1996 e 2000. As pessoas confundem as funções, o que é perdoável em um leigo.

2. Eu NÃO fiz a campanha de Ana Júlia ou de Paulo Rocha em 2010. Nem de rua, nem de impressos, nem de TV, nem de rádio. Nada. Fui vetado expressamente pela Link, que atuou como dona da campanha. Fiz, SIM, a campanha de proporcionais. Não procurei "humildemente" Paulo Heineck para lhe pedir favor algum, nem antes nem durante a campanha.

3. Em 2010, além da campanha de proporcionais no Pará, fiz consultoria para a campanha de Fátima Cleide em Rondônia (candidata ao senado) e a campanha de governo de CAMILO Capiberibe, no Amapá, onde trabalhei ao lado de Fábio Castro, Sérgio dos Santos, Vicente Cecim, Walter Jr, Gaspar e Moisés Magalhães. Perdi em Rondônia, ganhei no Amapá.

4. Não me propus naquela entrevista a fazer avaliação de governo. Não me cabe. Faço marketing político. Eu não governo. O que avalio e avaliei foi a performance do marketing da campanha. O objetivo do marketing político não é vencer eleição, mas fazer com que o cliente saia do pleito melhor do que entrou e esse objetivo não foi cumprido por quem fez o marketing do PT no Pará. Eu não disse em lugar algum que se eu tivesse feito a campanha Ana Júlia teria vencido; disse e repito que se eu tivesse feito não cometeria os mesmos erros que foram cometidos. Ora, se Dunga não estivesse no comando da Seleção Brasileira teríamos vencido a Copa do Mundo? Jamais saberemos. A história só se repete como farsa.

5. É ridículo dizer que minha entrevista ao Diário do Pará foi matéria paga. Nenhum jornal digno do nome admitiria colocar em suas páginas uma entrevista assinada por um de seus repórteres e que, na verdade, é uma matéria paga. Nem a jornalista aceitaria assiná-la nessa condição. Se eu tive espaço é porque não sou anônimo; os responsáveis pela editoria de política do jornal acharam que o tema e o entrevistado valiam gastar uma página na edição de domingo com isso. Matéria paga vou fazer em breve no Caderno Negócios, para informar a criação uma unidade exclusiva de consultoria em marketing político para qualquer legenda ou mandato, assim como tenho uma unidade exclusiva de varejo.

6. Respeito a opinião do jornalista Miguel Oliveira e não nutro por ele qualquer ranço pessoal, que parece turvar sua análise sobre minha opinião publicada no blog e no Diário. Dizer, por exemplo, "Chico mente" é excessivo. Eu não menti, apenas manifestei uma opinião da qual ele discorda. Minhas avaliações acerca dos resultados de Santarém são todas baseadas em pesquisas bimestrais que realizamos ali de maneira contínua. É uma série histórica. Talvez estejam erradas. Mas não são opiniões aleatórias. Nem mentiras. Essas pesquisas são as mesmas que ajudaram Maria a vencer as duas últimas eleições ali. Para que se entenda de uma vez por todas: sou um profissional fazendo o meu trabalho e não um torcedor torcendo por meu time. A eleição de 2012 acontecerá só em 2012 e tentar ganhá-la de véspera é um risco que não recomendo.

7. Mente, isso sim, quem diz que orientei o marketing do governo de Ana Júlia. Nunca fiz isso. Nunca dei "a linha" para a comunicação do governo. Nunca fui convidado para isso. Muito pelo contrário: fui convidado a não opinar quando insinuei uma orientação. NÃO tive nesse governo o papel de marketeiro, de orientador da linha geral de comunicação ou mesmo de consultor ou conselheiro. Minha agência participou de uma licitação pública, se classificou em segundo lugar no certame e fez publicidade para o governo a partir da demanda da Secom, como todas as outras fizeram, assinando cada peça que era produzida. Minha relação com a Secom foi puramente institucional e não me queixo disso, apenas não posso admitir que mintam a esse respeito.

8. Sem entender o papel real do marketing político na atualidade não compreenderemos como Dilma se tornou presidente do país sem nunca ter dirigido nem um Grêmio Livre. Marketing político é manipulação de uma caixa inteira de ferramentas científicas, da psicologia comportamental à sociologia aplicada. Não é tarefa para amadores. Não é tão simples como "vender o candidato como sabonete", como disse alguém no seu blog. Os sabonetes não mudam de cheiro ou de forma, não expressam opinião, são inertes a olho nu. Candidatos não. Mudam, falam, erram, representam grupos de interesse. Por isso o marketing político é outro marketing, diferente do marketing comercial: porque o seu objeto é distinto. É trabalho de especialistas, ausentes da campanha do PT no Pará em 2010. Dizer que a comunicação do governo não cumpriu a tarefa e por isso se perdeu a eleição é uma tergiversação. Não leva em conta que apenas no primeiro turno o PT teve aproximadamente 180 inserções de trinta segundos distribuidas em 8 semanas e mais dois programas de 7 ou 8 minutos a cada dois dias. Governo algum tem tanta mídia concentrada. É um canhão de mídia. No caso do "Acelera Pará", um canhão sem bala.

9. Não tenho problema de reconhecer o trabalho alheio. Nunca tive. Trabalhei sete anos na Griffo que, assim como a Mendes e a Galvão, foi uma escola para mim. Quando sai da Griffo fundei a Vanguarda. Era 1992. Depois disputei várias eleições contra o Orly. Ganhei algumas, perdi outras. Assim é a vida. Mas nunca o vi como um inimigo a quem se deve aniquilar e acredito que a recíproca é verdadeira. Somos profissionais fazendo cada um o seu trabalho. Temos empresas de comunicação que atuam no mercado, com mérito de serem empresas longevas em um mercado difícil. Reconhecer a qualidade de seu labor agora e o caráter central de seu empenho para a eleição de Jatene e Flexa Ribeiro não é ser "bate pau do Orly". É ser profissional. Somente os canalhas se edificam na crítica destrutiva e permanente ao trabalho alheio. Não é o meu caso. Eu posso viver sem isso.

Grande abraço,
Chico.

Comentário do blog
Agradeço a atenção do Chico Cavalcante ao blog e seus leitores.
Discutir erros e acertos de uma campanha como a de Ana Júlia, sem dúvida, é importante para quem atua na área da comunicação política, mas também para o público em geral que tem curiosidade sobre o funcionamento dessa engrenagem.
Vamos manter o debate, aqui, em alto nível. Serei rigorosa na mediação de comentários: não aceitarei ofensas pessoais, apenas opiniões sobre as questões levantadas
Conto com a colaboração de todos.
Para quem insinuou que “levei uma ponta” pela entrevista, sou uma repórter, cujo único patrimônio é o nome. Jamais assinaria uma matéria paga. Não sou, nunca fui assessora de Cavalcante. E jamais entrevistaria um assessorado pelo jornal em que trabalho, assinando a matéria (e recebendo nas duas pontas: da fonte e do veículo). Essa prática é vedada, expressamente, pelo código de ética dos jornalistas e pelo meu código pessoal também.
Prova de que o jornal acertou ao publicar a avaliação de Cavalcante é o número de acessos ao post neste blog e o número de comentários - recorde absoluto, desde que este foi criado em maio deste ano.
Meu objetivo é promover o debate, dar espaço para diferentes opiniões, mas respeitando quem pensa diferente
Conto com a ajuda de todos para fazer deste, um blog, democrático, mas sem baixarias.

Deputada do PT vai recorrer da decisão que a deixou inelegível

A deputada estadual reeleita, Bernadete Ten Caten divulgou nota sobre a decisão doTRE que a deixou inelegível por três anos, sob acusação de abuso de poder econômico.
Abaixo a nota íntegra da nota


Convicta do equívoco na decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que nos termos da ação de investigação judicial eleitoral decidiu condenar-me a três anos de inelegibilidade é que venho a público prestar alguns esclarecimentos:

1) Em primeiro lugar, cabe ressaltar que em toda minha vida política dediquei-me fielmente a defesa das mudanças sociais e da melhoria da qualidade de vida da população deste Estado sempre balizada por princípios éticos e de justiça.

2) O objeto desta ação é tão somente a comemoração de um aniversário que para aqueles que não conhecem a verdade dos fatos e mais do que isso a minha militância e minha vida pública denotou abuso de poder econômico.

3) Tal evento foi realizado em fevereiro de 2008 muito antes do prazo devido para anúncio dos candidatos ao pleito municipal de Marabá (junho de 2008, conforme Resolução 22.579/TSE) e serviu para comemorar aniversário de 28 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores com a posse de seus dirigentes locais num espaço que foi alugado sendo a consumação de bebida e de comida paga pelos participantes.

4) O que pode-se perceber nesta decisão e na divulgação feita da mesma em diversos blogs no dia de hoje é uma verdadeira perseguição política levada a cabo contra mim, cidadã que representa uma região historicamente sofrida e que dedicou anos de sua vida a defesa intransigente dos menos favorecidos.

5) Tal condenação não relaciona-se em nada com a Lei da Ficha Limpa nem significou a cassação de meu mandato. Também está longe de representar uma decisão definitiva pois recorremos desta com a certeza de que os mais de 33 mil votos recebidos por mim serão respeitados e honrados em mais um mandato de luta com o povo.

Belém, 09 de novembro de 2011

O encontro


Simão Jatene chegou ao Palácio dos Despachos às 16h20 acompanhado do coordenador da transição, Sérgio Leão. Foi recebido por Ana Júlia e pelo secretário de Governo, Edílson Rodrigues, que coordenará o processo, representando a atual administração. “O processo de transição será democrático, nas mesmas bases da que foi feita há quatro anos”, disse Ana Júlia, afirmando que nos últimos quatro anos, houve avanços e que o Estado está saneado.
A foto é de Tarso Sarraf

Deputada do PT está inelegível

A deputada estadual, reeleita pelo PT, Bernadete Ten Caten (PT), teve o seu registro cassado em sessão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) na manhã de hoje.
A votação empatou e o presidente do Tribunal, João Maroja desempatou com voto de minerva.
Bernadete Ten Caten responde por abuso de poder econômico, quando concorreu à prefeitura de Marabá, em 2008.

De acordo com a sentença, a deputada está inelegível pelos próximos três anos.

Não poderá ser diplomada, a não ser que consiga liminar do TSE.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Procurador da República conversa com internautas sobre problemas de Belo Monte

Da Assessoria de Imprensa do MPF

O procurador da República Felício Pontes Jr, que atua no caso de Belo Monte, será o primeiro entrevistado pelos internautas na ferramenta interativa do site do Movimento Xingu Vivo para Sempre. O chat será inaugurado nesta terça-feira, 09/11. Pontes Jr é responsável por apontar várias irregularidades na condução do empreendimento. A Justiça já recebeu nove Ações Civis Públicas sobre ilegalidades de Belo Monte.

O bate-papo, que começa às 16h (horário de Brasília, ou 15h, horário de Belém), terá uma hora de duração e será realizado no site do Movimento Xingu Vivo para Sempre, www.xinguvivo.org.br. A participação dos internautas se dará através da interação direta pela página (sem necessidade de criar uma conta), ou através do Twitter e do Facebook, usando a tag #parebelomonte.

Transição começa nesta terça

Foi agendada para amanhã, às 16 horas, no Palácio dos Despachos, a reunião entre Ana Júlia Carepa e Simão Jatene para dar início à transição.
Hoje pela manhã, Ana reuniu o secretariado para acertar “o passo” e agora à tarde, o coordenador da transição, por parte do atual governo, Edilson Rodrigues está reunido com a bancada do PT na Assembleia Legislativa.

Perdão, caros leitores

Um problema no meu computador e a correria para fechar matérias para amanhã inviabilizaram a atualização do blog e moderação de comentários durante todo o dia de hoje.
Agora já está tudo em ordem.

sábado, 6 de novembro de 2010

Chico Cavalcante diz que a Link foi responsável pela derrota de Ana Júlia

Responsável por todas as campanhas do PT no Pará entre 1994 e 2006, o jornalista Chico Cavalcante foi preterido, neste ano. Os petistas do Pará preferiram a agência baiana Link, que comandou os programas de rádio e TV de Ana Júlia Carepa, candidata à reeleição.

Autor de seis livros sobre marketing e responsável pela campanha vitoriosa da coligação PSB-PT que levou Camilo Capiberibe ao governo do Amapá, Cavalcante concedeu entrevista exclusiva ao Diário do Pará, feita por mim, via e-mail.

Na troca de e-mails Cavalcante comentou o que considerou os erros fatais da campanha de Ana Júlia e apontou os acertos de Simão Jatene.






Clique na imagem para ampliar

Coleguinhas, há vagas

Há muito não se via tamanha movimentação no mercado de trabalho para jornalistas em Belém. A a responsável é a TV Record que, nos últimos dias, contratou cerca de 30 profissionais e ainda há vagas para mais 20, segundo fontes da emissora que foi escolhida para ser “cabeça de rede” (uma espécie de escritório regional de notícias e programas) no Norte do País.

As vagas já preenchidas foram para chefes de reportagem, repórteres, produtores, editores e apresentadores. Algumas das 20 vagas, ainda abertas, são para cargos que possuem relação direta com a redação da emissora em São Paulo.

Uma das novidades mais festejadas pela emissora é o programa "Eco Record" que estreou no último domingo e segue a linha das grandes reportagens de revistas semanais como Globo Repórter e Câmera Record.

O Eco Repórter é o primeiro programa gerado para a Rede com produção fora do eixo Rio-São Paulo, além de ser exibido em 152 países pela Record Internacional.

A direção de fotografia é da Digital Produções, responsável pela gravação da primeira novela paraense (Miguel-Miguel), exibida recentemente pela TV Cultura do Pará.

Assim como aconteceu com a Casablanca, em São Paulo, a produtora paraense foi escolhida como um “braço” da Record, na região Norte do Brasil.

Jornalistas Interessados em fazer parte do projeto devem enviar currículo para vagas@recordbelem.com.br

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Solidariedade

Será neste sábado (6) o Dia Nacional de Coleta de Alimentos, promovido pela Companhia das Obras, uma ONG de origem católica, sediada na Itália, que apóia o Movimento Comunhão e Libertação (CL).

A coleta será feita no Líder da Doca. Das oito às 19 horas, os clientes serão abordados por voluntários identificados com colete amarelo que oferecerão um panfleto com informações sobre a campanha e a lista de alimentos aceitos.

O resultado da coleta será repassado ao Mesa Brasil, o banco de alimentos do SESC, que trabalha com mais de uma centena de entidades filantrópicas (asilos, creches, escolas, hospitais, centros comunitários) da Região Metropolitana. As entidades cadastradas no Banco recebem os donativos, como se sacassem fundos de um banco, mediante documento específico, os alimentos são liberados mediante nota fiscal, documento que atesta a seriedade do trabalho e garante que as doações chegam, de fato, na mesa de quem precisa.

A campanha precisa de voluntários, que podem se inscrever no site http://www.cdo.org.br/coletadealimentos ou diretamente no Líder. Contatos telefônicos podem ser feitos pelos telefones: 99943-1971 (Adriana);
8144-4297 (Andréia); 9961-0305 (Nélio). Para conhecer a CDO, visite http://www.cdo.org.br/; CL: http://www.cl.org.br

Antes do fim

O governo de Ana Júlia Carepa está acabando antes do fim.
Uma semana depois de divulgado o resultado das eleições, três titulares de secretarias importantes já pediram para sair.
Silvia Comarú deixou a Saúde; Luiz Cavalcante deixou a Secretaria de Educação e Aníbal Picanço, da Secretaria de Meio Ambiente, teve a exoneração publicada no Diário Oficial de hoje.
Por hora, nos lugares de Sílvia e Cavalcante ficam os secretários adjuntos.
Na Sema, assumirá Edivaldo Pereira da Silva, hoje assessor especial do governo.
Faltam 56 dias para o fim do atual governo. Será que não dava para esperar?

Jatene é contra a CPMF

O jornal o Estado de São Paulo ouviu os 27 governadores eleitos ou reeleitos sobre a proposta de recriação do chamado imposto do cheque.
De acordo com a reportagem, 14 disseram apoiar a proposta e seis se posicionaram contra, entre estes, o paraense Simão Jatene (PSDB).
Dois não foram localizados e cinco não se manifestaram.

No blog do Noblat, a lista completa dos governadores e como cada um se manifestou.

Blog da Repórter no Twitter

O blog da repórter agora tem twitter (ta ficando chique né?), uma página criada especialmente para informar sobre as atualizações deste espaço e também para falar um pouco de comunicação, especialmente jornalismo, e bastidores da reportagem.
Para seguir, clique aqui

Coordenador da transição

O secretário de governo, Edilson Rodrigues será o coordenador da transição pelo atual governo. O nome será anunciado na semana que vem, durante encontro de Ana Júlia Carepa com o governador eleito, Simão Jatene.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Granja do Icuí será transformada em Centro de Ensino Técnico Superior

Antiga residência oficial do governador do Pará, a Granja do Icuí, será transformada num Centro de Ensino Técnico Superior.

A informação acaba de ser divulgada, via twiter, pelo prefeito de Ananindeua Helder Barbalho após conversa com o governador eleito Simão Jatene.


Confira o que disse Helder na linguagem telegráfica do twitter.


Acabo de falar com @jatene45,acertamos que a Granja do Icuí será disponibilizada para Centro de Ensino Técnico e Superior.

Isto é prioritário para Ananindeua.

A idéia é agregar UFPA,UEPA,UFRA e IFPA.

Todas estas instituições de ensino sinalizam positivamente ao pleito.

Registro que neste primeiro contato com o governador eleito, o resultado foi muito satisfatório.

Ensino Universitário Público em Ananindeua é prioridade.

Não vai ter devassa

“Jamais utilizei essa expressão ou qualquer expressão que pudesse levar a essa conclusão. Isso (devassa) não é compatível com minha história. Sensacionalismo não faz parte da minha vida. Não é compatível com as minhas crenças, com a forma como levamos a campanha e, muito menos, com a forma como a gente quer viver para frente. Se estou falando em pacto, vou chegar falando em devassa? Seria total, absoluta e completa incoerência”,

Do governador eleito, Simão Jatene, negando que tenha intenção de fazer uma devasa nas contas da atual administração.

Promessa

Em comício em Belém o presidente Lula prometeu vir ao Pará no dia 9 de novembro (terça-feira) para inauguração das eclusas de Tucuruí.
Será que manterá a agenda?

Nomes

Prováveis coordenadores da transição por parte do governo Ana Júlia: André Farias (Secretaria de Integração); Edilson Rodrigues (secretário de Governo), Everaldo Martins (Casa Civil).

Após se encontrar com Simão Jatene, na semana que vem, Ana Júlia publicará decreto oficializando a equipe que ficará encarregada de abrir as portas da atual administração e passar as informações solicitadas ao novo governo.

Sem teto

O governador eleito, Simão Jatene, que hoje mora em um edifício no Umarizal, deve se mudar, a partir de 1º de janeiro, para um sítio no Paracuri.
A propriedade pertence à família da mulher dele, Ana, e foi para lá que Jatene se mudou quando deixou a Granja do Icuí no final de 2006.
Ocorre que a atual governadora Ana Júlia nunca morou na granja que, segundo ela estava em condições inabitáveis. Ana se mudou para um casa no condomínio Cristal Ville e ofereceu a área no Icuí para construção de casas populares ou de um núcleo da Universidade do Estado.
Com isso, o Pará, ficou sem residência oficial dos governadores. Esta nos planos de Jatene construir uma nova casa para abrigar o chefe do poder executivo estadual.

Saída

O titular da Secretaria de Educação, Luiz Cavalcante, pediu exoneração do cargo e já está se despedindo da Secretaria. Alega que já cumpriu sua missão na Seduc.

Encontro

Está previsto para a próxima quarta-feira, 10, o primeiro encontro do governador eleito, Simão Jatene, com a atual governadora e candidata derrotada Ana Júlia Carepa.
Ana Júlia ligou hoje pela manhã para Jatene, informou que passará os próximos dias em Brasília e disse que, assim que retornar, dará início à transição.
A expectativa é de que nessa reunião Jatene e Ana apresentem as equipes de transição por parte do novo e do atual governo.
Na conversa por telefone Jatene negou que vá fazer devassa nas contas da atual administração como publicado na edição de hoje do jornal O Liberal.

Pescador vota em pescador?

Simão Jatene venceu a eleição em São Caetano de Odivelas - point da pesca no Pará e de onde sai o melhor caranguejo do Estado.
Teve 72,42% dos votos válidos.

Sensação de segurança

Estou com a sensação de que Manoel Santino, se convidado, não aceitará ser, novamente, secretário de Segurança Pública de Simão Jatene.
Amém

Explicando a piada

Muita gente não entendeu que o post sob o título “na mosca”, ilustrado com foto do uísque DEZOITO (18) anos, queria dizer que os tucanos, naquele momento, segundo o Ibope, estavam 18 pontos à frente do PT e que o CJK tinha dado a informação precisa, daí o título “na mosca” (captou, captou ??? ), por isso acho necessário esclarecer - para alguns leitores que este post (Sensação de Insegurança) é apenas uma ironia. Ou não???

Ah! Também não vendo discursos de adesão com o início “o Pará é maior do que qualquer partido” como anunciado no post classificados.
Era uma chacota. Está claro ou preciso fazer um desenho?

Quando a gente precisa explicar a piada é sinal de que o problema está em quem conta e não em quem não entende.

Então vou me auto-chicotear com 50 chibatadas (é uma ironia, deu para perceber né ??? OU NÃO ??).

Valeu

Apoiada pelo ex-governador Almir Gabriel, a petista Ana Júlia Carepa venceu a eleição em Eldorado do Carajás. Teve 5.628 votos, o equivalente a 54,49% do total, contra 4.700 (45,51%) do tucano Simão Jatene.

Conhecimento de causa

Depois de passar quatro anos escrevendo sobre o assunto, o jornalista Ronaldo Brasiliense está cotado para comandar a transição da Via Amazônia.

Para quem não está ligando o nome à Pessoa, a Via Amazônia é a Organização Social (OS) responsável pelo Hangar Centro de Convenções da Amazônia.

O convite não foi oficializado e Brasiliense ainda faz mistério: não diz se aceitará a missão.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Por que Ana Júlia perdeu a eleição? A opinião do PSOL

por Fernando Carneiro (*)

O projeto petista de governar o Pará por mais quatro anos não encontrou guarida no voto popular. No confronto eleitoral deste ano, o candidato do PSDB Simão Jatene saiu na vantagem, sendo eleito com 1.860.571 votos (55,74%) dos paraenses enquanto Ana Julia obteve 1.477.279 (44,26%).

Sinais de dificuldades para a reeleição já haviam sido detectados há algum tempo pelo comando petista. A elevada avaliação negativa de seu governo e o forte índice de rejeição tornaram irreversível o quadro desfavorável.

O PT apostou todas as fichas para tentar a sua reeleição. Seu governo torrou milhões em propaganda no rádio, jornais e televisão, como nunca se viu antes na história do Pará. Apresentou-se na disputa com um orçamento milionário, em torno de R$ 40 milhões, a mais cara do país, proporcionalmente falando. Compuseram sua coligação 14 partidos, com o apoio de 78 prefeitos, incluindo o da capital. Obteve o maior tempo de rádio e TV para expor o seu programa eleitoral, além da presença das maiores lideranças de seu partido, entre elas, a força inconteste do presidente Lula. Não pode, portanto, alegar falta de estrutura ou de tempo para expor suas propostas. Ainda assim, viu o seu condomínio ruir ladeira abaixo.

Ana Júlia começou a perder credibilidade quando teve o seu nome associado a escândalos gravíssimos desde o início de seu governo, alguns, com repercussão em nível nacional.

Seu governo foi marcado por fortes crises internas, sem perfil claro no modo de gestão, sem unidade programática, sem identidade. Um consórcio de partidos fisiológicos, conservadores e antipopulares, muito mal resolvidos. Uma junção de interesses e de personagens conhecidos por maus costumes, revestida de desavenças históricas.

Também foi incapaz de promover políticas públicas em favor da maioria explorada. Sem ações efetivas para atender necessidades fundamentais nas áreas da educação, da saúde, da segurança, entre outras. Um governo pífio em realizações. Não possibilitou a criação de canais efetivos de participação popular, ao contrário, reprimiu e criminalizou os movimentos sociais combativos que resolveram lutar por direitos e questionar o seu governo. Ademais não atendeu nem as demandas originadas pelo seu malfadado PTP (Planejamento territorial participativo), uma imitação barata do que foi o Orçamento Participativo e o Congresso da Cidade, que funcionaram no Governo do Povo à época do governo de Edmilson Rodrigues em Belém.

Seu governo frustrou as expectativas de mudança que possibilitaram sua vitória em 2006, quando derrotou doze anos de hegemonia tucana. Ana Júlia e o PT descobriram, da maneira mais dura possível, que não se pode criar expectativas em vão. O povo foi implacável com as falsas promessas.

Não bastasse o horizonte nebuloso, Ana Júlia e seu partido embarcaram numa aventura ainda mais perigosa. Aliaram-se a figuras nefastas da política paraense, tais como o atual prefeito de Belém, Duciomar Costa (PTB), o condenado pedófilo e ex deputado Seffer (PP), o ex governador Almir Gabriel, privatistas, responsável pelo massacre de Eldorado do Carajás, entre tantos outros da mesma estirpe e falta de moral. Com o mesmo grau de vulnerabilidade que conseguiram erguer o castelo de alianças em torno de sua candidatura, o viram desmanchar. O resultado foi esse aí, um caminho claro ao retrocesso político no estado. Os princípios que fizeram grande o PT foram jogados na lata do lixo, o único que restou foi o “princípio” de se manter no poder a qualquer custo. Triste epitáfio para quem outrora foi legítimo representante dos anseios populares.

Alguns “analistas” afirmam que a esquerda foi derrotada. Não é verdade. Quem foi derrotado foi esse projeto, não a esquerda paraense. O PSOL, que elegeu uma senadora e o deputado estadual mais votado da história do Pará, além de obter mais de 107 mil votos para o governo (tendo votos em todos os 144 municípios) foi amplamente vitorioso. Tornou-se uma referência inconteste para amplos setores populares.

Agora, caberá aos seus estrategistas de campanha, analisarem seus erros e repensarem seus conceitos. Ao povo e às forças políticas comprometidas com a causa socialista caberá continuar o combate à miséria, à exploração, contra a violação e pela ampliação de direitos. O PT, que tão facilmente se acostumou às artimanhas dos corredores palacianos, vai passar por uma nova prova: reaprender a ser oposição depois de ter sido derrotado pelo voto popular.

Fernando Carneiro é historiador, dirigente do PSOL e foi candidato ao governo do Estado do Pará


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Curtinhas

Secretário de Produção na primeira administração de Simão Jatene, o economista Sérgio Leão foi o escolhido para coordenar a equipe de transição por parte do novo governo. Ana Júlia só deve anunciar o coordenador por parte do atual governo na semana que vem.

Jatene viaja na quinta-feira com a família para alguns dias de descanso.

Quando voltar vai trabalhar na elaboração da agenda mínima e na composição do secretariado.

Neste momento Jatene está chegando à RBA onde será entrevistado por Mauro Bonna no programa Argumento.

Tadinho


No Portal da Band

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) foi barrado em frente a casa da presidente eleita, Dilma Rousseff, com uma cesta de orquídeas na mão, na tarde desta segunda-feira, em Brasília.

Suplicy queria dar um abraço em Dilma e cumprimenta-la pela vitória nas urnas, mas não conseguiu passar do portão. Do lado de fora, um dos assessores da petista teria dito que ela estava descansando.

Após ser barrado, o senador afirmou que entende o momento de descanso e que “na hora que ela quiser, voltarei para dar um abraço nela”.


Redação: Eduardo Djun

Classificados

Jornalista falida (após perder todas as apostas que fez nestas eleições) aceita encomendas para discursos de adesão dos partidos da “Acelera Pará” ao governo de Simão Jatene.
Começa assim: “O Pará é maior do que qualquer partido ....”
Tratar neste blog
Precinho de ocasião

Só para não perder o hábito, vou aceitar palpites sobre qual partido será o primeiro a aderir:
( ) PDT de Giovanni Queiroz
( ) PV de José Carlos Lima
( ) PP de Gérson Peres

José Carlos Lima do PV responde:
Por que o PMDB não foi colocado na lista?
O PV é um partido que não é meu, mas dos filiados. Neste momento estaremos muito ocupados internamente, primeiro teremos que fazer o dever de casa e um ajusto conosco mesmo, depois estaremos prontos para criticas ou outras posições.

Resposta do blog
Zé, o PMDB não foi colocado porque me parece óbvio que já aderiu.

Ana Júlia: o Pará está mil vezes melhor do que quando cheguei

Mensagem publicada por Ana Júlia no seu blog pessoal :

Quero agradecer ao povo do Pará pela votação expressiva de 1.477.609 votos e parabenizo o governador Simão Jatene, o novo governador eleito. E estou feliz, muito feliz com a eleição da Dilma presidenta! Vou levar meu abraço pessoalmente à presidenta eleita do Brasil!

Aqui no Pará, perdemos uma batalha eleitoral, mas não a guerra. Eu me sinto uma vitoriosa pela guerra travada para implantar um novo modelo de desenvolvimento que, ao mesmo tempo, faz crescer o Estado e distribui renda, dá oportunidades ao povo. A história vai mostrar que as mudanças estruturais que fizemos são pra sempre na vida das pessoas. Mudanças ousadas que outros não fizeram. O governador vai receber de bandeja as transformações profundas que fizemos.

Esse novo modelo de desenvolvimento inclui a industrialização das riquezas naturais do Pará e estão aí os resultados: a siderúrgica em Marabá; a fábrica de MDF em Paragominas; o Bolsa Trabalho e o navega Pará, programas de inclusão social. Fui buscar a siderúrgica que tava perdida pro Maranhão e tirei do papel o Ação Metrópole que vai viabilizar o Bilhete Único e a melhoria no trânsito e na vida das pessoas.

Como disse ontem à noite em coletiva à imprensa, hoje o Pará está mil vezes melhor do que quando aqui cheguei, no início de 2007. A partir de janeiro de 2011, liderarei a oposição para acompanhar e lutar para que programas sociais como Bolsa Trabalho, Navega Pará, Ação Metrópole tenham continuidade, porque a mudança não se processa do dia pra noite e exige vigilância permanente. É o que farei.

Meu muito obrigada a cada militante desta campanha; a cada companheira e companheiro; aos partidos aliados, aos simpatizantes; a cada família que me recebeu com tanto carinho em todo o Pará. Vou guardar para sempre as manifestações de apreço e de generosidade do nosso povo no lado esquerdo do peito.

Vamos em frente. A luta continua!